No dia 31 de janeiro de 1969, tomaram posse, os Vereadores, eleitos, nas eleições de 15 de novembro de 1968, para a legislatura de 1969/72: Emídio Alves de Carvalho, Manoel Pereira Caiana, Antônio de Caldas e Silva, José Ananias de Sousa, Lourival Rodrigues da Silva, José Porfírio dos Santos, João Inácio de Araújo Neves, José Inácio de Figueirêdo e Vanduir Soares de Araújo, tendo, como Presidente da Câmara, o vereador José Porfírio dos Santos.
Prefeito: Dr. Adailton Teódulo da Silva e Vice-prefeito: José Araújo Freire
Na reunião solene de posse, o Prefeito eleito foi saudado, pelo acadêmico Antônio Fonseca, hoje, um renomado profissional da medicina.
Nessa Legislatura, o vereador Emídio Alves de Carvalho requereu a criação das Comissões Permanentes da Câmara, sendo criadas, pela Mesa Diretora, as seguintes Comissões: de Legislação e Redação, composta dos Vereadores: Vanduir Soares de Araújo, João lnácio de Araújo Neves e Emídio Alves de Carvalho; de Finanças, Orçamentos e Tomada de Contas, composta dos Vereadores: Lourival Rodrigues da Silva, José Ananias de Sousa e Emídio Alves de Carvalho; de Obras e Serviços Públicos, composta dos Vereadores: Manoel Pereira Caiana, Emídio Alves de Carvalho e Antônio de Caldas e Silva; de Educação e Saúde, composta dos Vereadores: José Ananias de Sousa, João Inácio de Araújo Neves e Vanduir Soares de Araújo.
Na sessão do dia 03 de dezembro de 1969, o vereador Emídio Alves de Carvalho contestou a convocação do Suplente Lúcio Tolentino Leite, para substituir o vereador João Inácio de Araújo Neves, alegando que o citado Suplente era funcionário da prefeitura e não podia assumir o cargo. A Mesa da Câmara acatou os argumentos do
vereador e tomou, sem efeito, a convocação do Suplente, voltando, assim, às suas funções, o vereador João Inácio. Todavia, na sessão do dia 07 de março de 1970, Emídio Alves requereu "licença" do cargo, por noventa dias e quem assumiu, no seu lugar, foi, justamente, o Suplente Lúcio Tolentino Leite.
O Vereador José Ananias de Sousa, conhecido por Zezito de Ananias, na reunião do dia 24 de abril de 1969, apresentou e a Câmara aprovou o Projeto de Lei n°. 9/69, autorizando o poder executivo a conceder uma verba de NCR$ 300,00 (trezentos cruzeiros novos) ao Independente Clube (O Clube dos Morenos).
Um fato curioso, que existiu, nessa época e anterior a ela, merece registro, porque Itaporanga, talvez, tenha sido a única cidade da região, quiçá, do Brasil, que tenha pregado e cultuado o "racismo". A sociedade itaporanguense dividia-se em "brancos" e "negros". Cada raça tinha o seu clube de diversões. Os "negros", que, carinhosamente, eram chamados de "morenos", não entravam nas festas dos "brancos". Também, os "brancos" não iam às festas dos "morenos". O lado bom dessa história era que havia uma convivência harmoniosa e um respeito mútuo entre as duas raças, raças, que, graças a Deus, hoje, estão unidas num só povo e numa só gente.
Na sessão do dia 11 de junho de 1969, o vereador José Porfírio dos Santos entregou à Câmara uma “carta”, renunciando ao cargo. No seu lugar, assumiu o Suplente, Francisco Bidô da Silva. Para concluir o mandato, na Presidência da Câmara, no lugar de Zé Porfírio, os Vereadores escolheram Vanduir Soares de Araújo. No dia 31 de janeiro de 1970, (o vereador José Inácio de Figueiredo foi eleito para Presidente da Câmara Municipal).
No início do seu mandato, o Prefeito, Dr. Adailton Teódulo, mandou, para a Câmara, um Projeto de Lei, delimitando o perímetro urbano e suburbano da cidade de Itaporanga. Faço questão de registrá-lo, aqui, para que os conterrâneos comparem Itaporanga/cidade de ontem com a Itaporanga/cidade de hoje. Perímetros: Urbano e Suburbano - delimitada por um poligonal, que, partindo do Marco 1, localizado, no mourão da propriedade do Sr. Campos, na casa de taipa de esquina, por trás do Grupo Escolar Semeão Leal, indo até o pedestal do Cruzeiro da Várzea, Marco 2, prosseguindo, em linha reta, direção leste/oeste, até a lateral esquerda do prédio da Maternidade, Marco 3, indo encontrar, em linha reta, o Marco 4, no alto da pedra grande da pedreira dos herdeiros de Marcelino Diniz, no prolongamento da Rua Crizanto Pereira, prosseguindo, em linha reta, atravessando a estrada de Itaporanga/Conceição, até atingir a parte posterior do Grupo Professor Manoel Diniz, no Marco 5, continuando os limites, cortando a caixa d’água - Colégio Padre Diniz, pela parte posterior, até o Marco 6, na propriedade de Chico Nitão, no fim da Rua Santo Antônio, seguindo por linha reta, até o Marco 7, na traseira da Casa do Sr. Luiz Guimarães, no Alto do Santo Antônio (hoje Alto das Neves). Deste ponto, prossegue, em linha reta, até o Marco 8, colocado, na parte posterior do Posto Fiscal do Estado, prosseguindo, em linha reta, indo encontrar a lateral esquerda do Ginásio Diocesano, Marco 9, prosseguindo, em linha reta, até o Marco 10, localizado, no Cemitério e, finalmente, deste ponto, em linha reta, atravessa o velho pontilhão, na estrada do rio, indo até o Marco 1. A área suburbana fica afastada 30 (trinta) metros da faixa limitada pelas paralelas da zona urbana.
No período, compreendido entre abril de 1970 e outubro de 1975, final do mandato de Dr. Adailton Teódulo e começo do de Sinval Pinto Brandão, não foi possível localizar o Livro de atas, razão por que deixo de registrar os fatos e as ocorrências desse período, salientando, entretanto, que, nos últimos anos da gestão do Dr. Adailton Teódulo, o Suplente de vereador, Sr. José Ricarte da Silva assumiu a Câmara, não se sabendo, porém, o vereador que se afastou do cargo, temporariamente.
Com Demir Cabral