ORQUlSA PINTO
Falar do Grupo Escolar "Simeão Leal" é despertar os mais belos sentimentos de minha alma, guardados num misto de saudade e gratidão. Saudade como aluna que fui da sua fundação, afastando-me por apenas quatro anos para término do Curso Normal, voltando então como mestra e educadora, cheia de esperança e idealismo para abraçar a sublime missão de ensinar. Gratidão eu sinto pela felicidade de exercer durante 33 anos de trabalho nesta Escola onde me realizei profissionalmente, exercendo por ainda 16 anos a função de Diretora, tanto assim que com orgulho e carinho trago aos leitores o histórico do Grupo Escola "Simeão Leal" - este patrimônio sócio-cultural da cidade de Itaporanga.
Em 1937 a cidade festejava ruidosamente, com pompa e foguetes engalanada com os louros da esperança esta Escola que seria um templo do saber, uma seara para os que estavam sedentos buscarem conhecimentos acendendo a centelha de tantas inteligências. Como seu patrono Dom Vital um frade capuchinho reconhecido pela Santa Sé, como beato, pertencente a arquidiocese de Olinda não se sabendo mais a respeito. Seu nome foi mudado para Simeão Leal fato também, inconcebível, pois foi ele um paraibano do Brejo, muito conceituado, mas alheio às tradições de nossa terra.
Sua primeira Diretora foi a Professora Doralice Pedrosa de Araújo. lembrada pelo exemplo de abnegação, autonomia e pontualidade, afastada da função por aposentadoria, teve outros diretores, com relevantes serviços prestado,r, como, Julieta Maia, de saudosa memória, Diva Soares e esta que lhes escreve. Joaninha Vieira foi a professora pioneira da terra que juntamente com Doralice trabalharam incansavelmente, nas escolas isoladas, foram molas mestres da Educação. Joaninha Vieira foi um exemplo de desprendimento, um grande esteio da formação moral e intelectual dor seus alunos. Outras mestras devotados teve o Simeão Leal, recordamos: Soledade Ramalho, Marluce Ramalho, Odete Mangueira, Juvinete Vieim, Jacira Loureiro, Terezinha Sitônio, Izabel Araújo e tantas outras que fizeram das salas de aula um santuário do dever.
Falar do "Simeão Leal" é lembra as figuras de Dazinha Fonseca, Sinfrônia Chaves, Maria Dozinha, inspetoras de alunos abnegadas e incansáveis. Itaporanga é orgulhosa dos filhos ilustres que passaram pelo Grupo Simeão Leal, o qual foi responsável pelo mérito destes, pois foi ele que moldou o caráter dos alunos que se tornaram brilhantes. Foram suas salas de aula que lhe serviram de celeiro onde armazenavam conhecimentos, foi seu pátio de recreio, o famoso pavilhão, onde expandiram suas alegrias, o toque da campainha despertando-lhes a hora do dever - estes alunos tornaram-se pessoas importantes, levantando a bandeira vitoriosa do insigne G. E. Simeão Leal.
Vocês, ex-alunos, façam vênia a sua primeira escola. Dêem as mãos aos que se realizaram profissionalmente, em todos os setores que escolheram. Vocês, alunos do Simeão Leal, os quais me recordo agora: Padre Sitônio, Zé Silvino Sobrinho, Zezito Pereira, Dr. Clementino, José Benjamfm, Vicente Cassimiro, Edmison Fonseca, Evandro Neves. Assis Marfins, Clemenceau Maia e tantos outros que se destacaram pelo brilhantismo de suas inteligências e pela coragem de seus empreendimentos e entoem um louvor ao inesquecível G. E. Simeão Leal.
* O grupo escolar "Bom Vital" contruído por Sebastião Gomes passou a ser administrado pelo Estado, pelo Decreto Nº. 795 de 1º de abril de 1937, assinado por Argemiro de Figueiredo.
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