MARLENE ALVES, A Mulher que fez da UEPB a universidade dos paraibanos.
Reportagem da revista Exirus sobre a Itaporanguense Marlene Alves
Vamos ao texto da revista EXITUS:
“Par quem a conhece de perto, pode causar estranheza o título de “Magnifica” que antecede o nome da reitora Marlene Alves. Muito embora seja inegável o mérito pessoal que a fez ocupar essa posição, o seu caráter simples e acessível aparenta ser incompatível com a grandiosidade do título que a tradição universitária dedica ao dirigente máximo da instituição. Marlene não teve medo do trabalho, reivindicou durante anos o respeito à autonomia universitária e, quando essa conquista finalmente foi alcançada, firmou parcerias, valorizou a docência e o funcionalismo financiou importantes projetos acadêmicos, abriu novas graduações e pós-graduações, recuperou as instalações, construiu novos campi e ergueu dois museus e uma imponente central de aulas da reitoria da UEPB, entregando ao povo paraibano, uma universidade, de fato, magnífica.
Talvez para a maior parte das mulheres. a mãe sempre seja o principal modelo a ser seguido. Com ela é que se aprende o que é ser mulher e o modo como cuidar dos próprios filhos. Certamente foi a Dona Anita, quem desde cedo incutiu em Marlene o gosto pelas causas sociais e a preocupação com a e educação. E ela fez isso através do exemplo. Seus oito filhos cresceram participando com ela, da militância política em Itaporanga, no Vale do Piancó. Ao lado de Severino um agricultor gentil e bem informado. Tão logo atingiram a idade em que não podiam mais estudar lá, pois a cidade não dispunha de 1° grau de ensino, ela não poupou esforços e , com muita luta, mudou-se para a capital;
Em Joao Pessoa, Marlene foi aluna do Liceu Paraibano, num tempo em que a educação básica pública em nada deixava a dever ao ensino particular. Concluído o ginásio, fez vestibular na antiga URNE, Universidade Regional do Nordeste, que hoje é a UEPB. Marlene veio a Campina Grande estudar fisioterapia na mesma universidade que um dia a teria como reitora. Naquela época, a estrutura das graduações ainda engatinhava e, por isso, os alunos que mais se destacassem tinham as chances de tornarem professores tão logo concluíssem o curso. Em razão disse, Marlene se manteve na universidade onde ser formou. Uma ligação tão íntima e perene, que bem se poderia dizer que a UEPB faz parte da sua família. Foi lá onde trabalhou a vida inteira, onde conheceu o seu primeiro esposo e pai dos seus três filhos, e o seu atual marido, o professor João Gil de Luna.
Mais do que lecionar, Marlene foi voz atuante no desenvolvimento da instituição desde o primeiro momento em que ingressou na docência. Durante três mandatos esteve à frente da ADUEPB, Associação dos Docentes da UEPB, onde protagonizou célebres movimentos em defesa do respeito à categoria. Chegou a fazer greve de fome nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado, em protesto a indiferença do governo que se recusava a dialogar com os grevistas.
Depois desse período de atuação no sindicato, decidiu investir na carreira acadêmica, indo para a Universidade de Granada, na Espanha. Chegou a iniciar o doutorado, mas vindo ao Brasil de férias, próximo do período que antecedia a eleição para reitor, ficou sabendo que os colegas do sindicato a queriam como candidata. Muito embora tivesse se recusado a voltar à Espanha, recebeu por telefone, a notícia de que iria circular um manifesto com a sua foto e que ela seria sim o nome da campanha.
O apelo era irrecusável e Marlene, então, volta da Espanha com a proposta de fazer da UEPB uma universidade plena.” (Fonte: EXITUS).
Essa é mais uma das itaporanguenses que resolveu fazer a diferença.
PARABENS!
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