sábado, 24 de janeiro de 2015

Carne indigesta: seis homens na cadeia por causa de um carneiro em Itaporanga

Eles foram autuados em flagrante


Por Redação da Folha – A cadeia de Itaporanga nunca viu tanta gente de uma só vez e por um fato igualmente inusitado: o furto de um carneiro. Seis jovens, quatro dos quais primários, foram autuados em flagrante por furto qualificado pelo delegado Cristiano Santana na manhã desta terça-feira, 20, e recolhidos à cadeia.

Os seis foram presos na noite dessa segunda-feira, 19, por policiais militares em uma residência do sítio Barrocas, município local, quando se preparavam para transformar em tiragosto a carne de um carneiro furtado durante a tarde em uma área descampada nas proximidades do conjunto Chagas Soares, onde o proprietário do animal, Eronildo Pereira, de 28 anos, reside.

Ao notar a falta do carneiro, a vítima chamou a PM, que, com o auxílio de testemunhas, chegou até os acusados. Duas guarnições compostas pelos sargentos J. Oliveira, Severo, Everton, Sales, Joseildo e o soldado Neves deram fim ao banquete e efetuaram a prisão dos rapazes, que foram encaminhados à delegacia.

Conforme o delegado, dois deles, Romário Roberto da Silva, morador da Rua Elaine Clementino, e Cleiton Alff Alves, residente na Rua Manoel Inácio de Araújo, foram os que praticaram ativamente o furto, ou seja, invadiram a área e retiraram o carneiro. Eles, que já têm passagens anteriores pela polícia, confessaram o delito. Já os outros quatro envolvidos, que também residem na cidade, não tiveram participação efetiva na subtração do carneiro, mas, segundo a autoridade policial, colaboraram com o crime: “eles aguardaram a chegada do animal, ajudaram na retirada da pele e no preparo da carne para ser consumida com bebida alcoólica por todos”, comentou o delegado, ao observar que é preciso rigor da polícia nesse tipo de crime que tanto prejudica os pequenos criadores. “Os pequenos criadores se sacrificam para criar um animal para o sustento da família e, de repente, ficam sem seu patrimônio, o que é inaceitável”, completou dr. Cristiano.

Um dos autuados disse que é açougueiro e apenas foi convidado para a retirada do couro do animal sem saber que se tratava de um furto, enquanto os outros três também negaram participação no furto e disseram que iriam somente participar dos comes e bebes sem conhecimento da procedência do carneiro. Os quatro, que são primários e de bons antecedentes, poderão ser soltos pela Justiça nas próximas horas para responderem ao processo em liberdade. Foto: um dos autuados não aparece na foto.

Caso das galinhas - Com relação ao outro furto de animais ocorrido na noite da segunda-feira, este ocorrido na zona rural de Pedra Branca, os três acusados de subtraírem galinhas de uma residência não foram autuados porque hão houve como provar que a ave encontrada na panela do trio é a mesma que desapareceu do terreiro da vítima, mas um inquérito vai ser instaurado para apurar o caso, conforme o delegado.

Publicado pelo Folha do Vale em 20-01-2015

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