Qualidade do gasto municipal é questionada
Por Isaías Teixeira/Folha do Vale - No ano passado, as 20 Prefeituras do Vale receberam, juntas, R$ 131,5 milhões somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), fora outros repasses. O montante foi 9,7% maior do que o liberado em 2013, que chegou a pouco mais de R$ 119,8 milhões, o que desmente a afirmação de alguns prefeitos de que o repasse de 2014 teria sido menor de que o do ano anterior.
Dona do maior FPM regional, no ano passado Itaporanga recebeu R$ 12,9 milhões do fundo. Em seguida veio Conceição, para onde foram destinados R$ 11,1 milhões. Já Coremas e Piancó receberam, individualmente, R$ 9.2 milhões. Para cada uma das outras 16 Prefeituras regionais foram repassados R$ 5,5 milhões.
O FPM é a maior receita regional, mas, apesar do bom volume de recursos que são repassados três vezes por mês para as contas das edilidades, quase nada sobra para investimentos: excesso de servidores contratados por critérios políticos, gastos excessivo com locações, combustíveis, serviços e compras duvidosas, desvios e desperdícios comprometem os cofres públicos.
Pelo que se percebe, o fundo tem sido usado mesmo é como instrumento de ação política para favorecer os mandatários em cada nova eleição. Um exemplo disso é a folha de pessoal, inchada por muitos prefeitos para agradar os seus apadrinhados políticos e que consome significante parcela dos recursos. Foto: Itaporanga foi o município regional que mais recebeu recursos do FPM no ano passado.
Publicado pelo Folha do Vale em 12-01-2015
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