sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Academia literária de Itaporanga reúne artistas em uma noite de emoção e homenagens

Exposição cultural e homenagens em uma noite de celebração à arte



Repentistas, sanfoneiros, escultores, pintores, escritores, cantores, compositores, dançarino (foto) e outros talentos da cultura local participaram, na noite desse domingo, 29, de mais um encontro promovido pela Alcaita (Academia Literária, Cultural e Artística de Itaporanga), entidade fundada pelo advogado Demir Cabral e o médico Antônio Lisboa em homenagem ao trombonista Radegundis Feitosa, cuja memória foi homenageada durante a solenidade.

Com a presença de Joanita Feitosa (foto), mãe do músico, e de Simone Nunes, viúva de Radegundis, o evento ganhou tons emocionantes pelas palavras da professora e psicóloga Maria Correia alusivas ao trombonista e pela voz de sua própria mãe: Joanita, que é católica fervorosa e disse ter se tornado ainda mais religiosa depois da morte do filho, cantou sua fé e devoção. “Nós temos que nos apegar a Jesus nos momentos mais difíceis e foi o que eu fiz, me agarrei ainda mais a ele”, disse dona Joanita, a quem coube receber o diploma e medalha de Radegundis como membro de honra da entidade.


Outras homenagens póstumas também foram realizadas: entre os homenageados o empresário Carlos Jean Tolentino, falecido este ano, o padre José Sinfrônio e a jovem Orkácia, também de saudosa memória (foto).

No palco do Atlântida, onde foi realizado o encontro, artistas de todos os segmentos culturais apresentaram-se, entre os quais os cordelistas Nicário Palmeira Honorato (Cabo Honorato), Erivar Moisés de Lima (Cabo Moisés) e J. Sousa. Os cantores Nilton Mendes e Alonso Feitosa também encantaram o público.


Os repentistas Noel Cordeiro e José Félix mostraram a força de suas rimas aos presentes, mas um dos momentos mais vibrantes ocorreu durante a apresentação do tocador de fole e atual presidente da Câmara Municipal, Zeca da Encarnação (foto), que foi homenageado com o título de membro honorário da academia. Apesar da idade avançada e dos problemas de saúde, ele mostrou maestria em seu instrumento e recordou grandes clássicos da música nordestina. Seu filho, Dodô, também subiu ao palco e fez bonito com a sanfona. Marcante também foi a apresentação da cantora da velha guarda Nazaré Moraes.

Uma exposição de livros, literatura de cordel, escultura em madeira e pintura coloriu e encantou o ambiente.


A Alcaita foi fundada em janeiro deste ano e já conta com 36 membros, e novos componentes foram integrados à entidade durante a reunião festiva. “O objetivo maior da entidade é valorizar e dar visibilidade aos artistas de Itaporanga, que têm muitos tantos, mas que viviam escondidos por falta de oportunidade, mas esperamos que o poder público também faça a sua parte, investindo nos talentos locais”, comentou durante contato com a reportagem do www.folhadovali.com.br o presidente da instituição, Demir Cabral. 

Fotos: Marcos Oliveira
Publicado pelo jornal Folha do Vale

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