quarta-feira, 26 de novembro de 2014


Pediatra formado há mais de 35 anos, graduado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba, pós-graduado em Pediatria no Instituto Martagão Gesteira da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro - além de Residência em Neonatologia no Departamento de Pediatria da Universidade de São Paulo. Paulo Soares Loureiro atuou como professor de Pediatria pela UFPB, Médico do Ministério da Saúde, Médico do Programa da Saúde da Família, Chefe dos Médicos Residentes do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Chefe do Departamento Materno Infantil de Medicina da UFPB, Chefe do Berçário da Casa de Saúde Roberto Granville  (João Pessoa), Chefe do Berçário da Casa de Saúde Ceslau Gadelha (Santa Rita), Diretor da Casa de Saúde da Luz (Guarabira), e Chefe de Pessoal da Secretaria do Estado da Paraíba, em Itaporanga. Em cargos públicos de saúde do município de João Pessoa, assumiu a Presidência da Fundação de Saúde (Fusam). Foi Deputado Estadual. Foi condecorado, ainda, com os títulos de Cidadão Pessoense, Cidadão Boaventurense, e Medalha Epitácio Pessoa, a mais alta comenda outorgada pela Assembléia Legisativa. 

Na verdade, ‘Paulinho’ como é carinhosamente chamado, queria mesmo é ser advogado, mas foi empurrado para a Medicina para atender a um pedido do pai, Francisco da Chagas Soares. Já diplomado, foi encaminhado para a Pediatria pelas mãos do médico e professor João Gonçalves Toscano de Medeiros, seu amigo e guru no campo da Medicina. Daí para a cátedra em Medicina na UFPB foi um pulo e que consumiu 37 anos da vida desse sertanejo de Misericórdia, hoje Itaporanga. Há na Paraíba, uma geração inteira de meninos e meninas que passou pelo consultório do médico e quando encontra esses antigos pacientes, Paulo Soares se orgulha: “São médicos, advogado, promotores, juízes, engenheiros, pós-graduandos nas Américas e na Europa. São os meus troféus”, afirma. 

Com 70 anos recém-completados, aposentado, pai de um casal de filhos formados, Paulo Soares poderia estar gozando da vida ao lado da mulher Idalva, mas, não. Ao invés disso, o seu tempo ainda é dividido entre o consultório em João Pessoa e uma pesquisa que faz no Vale do Piancó, na área da Pediatria. A pesquisa é à base do livro: “Vivência Médica Social”, que ele vem escrevendo há anos e acredita ser uma grande contribuição para a compreensão dos fenômenos que levam crianças a morrer por desnutrição e outras mazelas que afetam a infância no País. O trabalho que vem desenvolvendo no Vale do Piancó fez a  mortalidade infantil cair em mais de 50 por cento, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado. 

Já publicou quatro trabalhos: Nos Tempos do Pedro Américo; Praxedes Pitanga o destino, a luta, o tempo; Infecções Urinárias na Infância; e Amamentação: mais saúde para a mãe e o bebê. Toda a Paraíba conhece, respeita e admira Paulo Soares, pela sua inteligência, sua sagacidade, seu profissionalismo e seu incrível talento para conquistar amigos e manter amizades, que são muitas e incontáveis. 

Quando estudante de Medicina, Paulo e um grupo de amigos decidiram criar a Comissão de Planejamento e Execução de Assistência ao Indigente (Copeal), fundada nos anos 60. Eles davam assistência na Casa Padre Zé (onde é hoje o hospital Padre Zé), uma casa velha sem as mínimas condições de moradia em que eles alojava os pacientes do interior do estado que não conseguiam internamento nos Hospitais de João Pessoa - eram os indigentes. 

Com o aumento do número de pacientes e a falta de condições mínimas para continuarem o trabalho, o grupo capitaneado por Genival Guerra procurou Soares Madruga (irmão de Paulo e então diretor do Correio da Paraíba), e através da imprensa (O Norte, A União e a Rádio Tabajara) mobilizaram o Governo Estadual, o Municipal e a sociedade, com ajuda do engenheiro Franciralde Loureiro, construíram um verdadeiro Hospital, que Padre Zé em sua homenagem denominou de “Hospital Genival Guerra”. que após o falecimento do Padre Zé a Diocese de João Pessoa, que assumiu a direção do Instituto Padre Zé, denominá-lo de Hospital Padre Zé. 

Fonte: Revista "Itaporanga, 144 anos de história"

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More