sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Paraíba

Religião

A Catedral de Nossa Senhora da Piedade, sede da
Diocese  de Cajazeiras, no município de mesmo nome.
Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, a Paraíba pertence à Regional Nordeste II, que também abrange os estados de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte, e seu território coincide com a Província Eclesiástica da Paraíba, cuja sede é a Arquidiocese da Paraíba, inicialmente erguida como diocese, em 27 de abril de 1892, desmembrada da Arquidiocese de Olinda e Recife (Pernambuco), sendo elevada à categoria de arquidiocese em 6 de fevereiro de 1914. Desde a sua ereção, foram desmembradas as suas quatro dioceses sufragâneas: Cajazeiras (6 de fevereiro de 1914, no mesmo dia da elevação à arquidiocese), Campina Grande (14 de maio de 1949), Guarabira (11 de outubro de 1980) e Patos (11 de outubro de 1980), além da diocese de Natal (em 29 de dezembro de 1909, hoje arquidiocese). A diocese de Patos, por sua vez, foi erguida em 17 de janeiro de 1959, com partes dos territórios das dioceses de Cajazeiras e Campina Grande. No censo de 2010, o catolicismo romano era a preferência religiosa da maioria da população, com 2 898 656 adeptos, ou 76,958 % dos habitantes do estado.


Templo da Igreja Batista em Sousa.
A Paraíba também possui os mais diversos credos protestantes ou reformados. Em 2010, 571 015 habitantes (15,16% da população) declararam-se evangélicos. Desse total, 318 278 pertenciam às igrejas evangélicas de origem pentecostal (8,450%), 122 752 às evangélicas de missão (3,259%) e 129 986 a igrejas evangélicas não determinadas (3,451%). Do total de seguidores das igrejas evangélicas de origem pentecostal, 200 056 pertenciam à Assembleia de Deus, 28 850 à Igreja Universal do Reino de Deus (0,766%), 9 828 à Igreja Congregação Cristã do Brasil (0,261%), 4 970 à Igreja Deus é Amor (0,132%), 4 427 à Igreja Maranata (0,118%), 1 862 à Igreja Nova Vida (0,049%), 1 670 à Igreja O Brasil para Cristo (0,044%), 1 103 à Igreja Casa da Bênção (0,029%), 988 à Igreja do Evangelho Quadrangular e 912 à Comunidade Evangélica, além de 63 549 pertencerem a outras igrejas evangélicas pentecostais. Em relação às igrejas de missão, 71 831 eram pertencentes à Igreja Batista (1,907%), 20 956 à Igreja Evangélica Congregacional (0,556%), 12 867 à Igreja Adventista (0,342%), 12 480 à Igreja Presbiteriana, 1 706 à Igreja Luterana (0,045%), 1 639 à Igreja Metodista (0,044%) e outros 1 273 pertenciam a outras igrejas evangélicas de missão (0,034%).

Além do catolicismo romano e do protestantismo, também existiam naquele mesmo ano 23 175 espíritas (0,615%), 17 587 testemunhas de Jeová (0,467%), 8 251 católicos apostólicos brasileiros (0,219%), 4 266 mórmons (0,113%), 1 962 católicos ortodoxos (0,052%), 1 311 seguidores do candomblé (0,035%), 1 088 umbandistas (0,029%), 883 esotéricos, 626 judaístas (0,017%), 514 seguiam religiões orientais (0,014%), 360 praticavam tradições indígenas (0,010%), 157 espiritualistas (0,004%), 76 islâmicos (0,002%), 60 hinduístas (0,002%), 21 pertenciam a outras declarações de religiões afro-brasileiras (0,001%) e quatro a outras religiosidades (0,0001%). Outros 213 214 não possuíam religião (5,66%), dos quais 3 981 ateus (0,11%) e 1 721 agnósticos (0,05%); 5 803 possuíam religião indeterminada e tinham múltiplo pertencimento (0,15%), sendo que 5 789 possuíam religião não determinada ou mal definida (0,1537%) e 14 declararam possuir múltiplas religiosidades (0,0004%); 5 803 também não souberam (0,15%) e 609 não declararam (0,02%).77 78

Igreja de São Francisco      Capela no interior da igreja,     Detalhe do teto da sacristia
com rica talha 





Etnias
Conforme dados do censo de 2010, dos 3 766 528 paraibanos, 1 986 619 declararam-se como pardos (52,744%), 1 499 253 declararam-se brancos (39,804%), 212 968 eram pretos (5,654%), 48 487 eram amarelos (1,287%), 19 149 eram indígenas e 52 não tinham declaração (0,001%).

Tal como os brasileiros, a origem dos paraibanos está ligada à miscigenação entre brancos (vindos da Europa), os indígenas locais e os negros (vindos da África). Isso contribuiu para que a população paraibana fosse considerada como mestiça. Os pardos constituem a maioria da população do estado e, entre eles, os principais são os caboclos. Ao contrário do que ocorreu na Bahia, no Maranhão e em Pernambuco, a Paraíba teve pouco destaque na cultura da cana de açúcar, o que fez com que pouca oferta da mão de obra africana viesse ao local e, consequentemente, contribuiu para que apenas uma pequena parte da população atual seja formada por negros.

Panorama de Baía da Traição, o quarto
município mais indígena do Brasil
Antes da descoberta do Brasil, a Paraíba era habitada pelos cariris e tupis, que se comunicavam e falavam principalmente a língua tupi-guarani. Na época da conquista, o mesmo era habitado principalmente pelos potiguaras e tabajaras. Atualmente, eles constituem apenas 0,5% da população e estão espalhados em várias comunidades de quilombos, por todo o território estadual. Os descendentes de europeus ocupam principalmente os maiores centros urbanos do estado, bem como as região do alto sertão e do brejo.79 Na região litorânea, os potiguaras, que já chegaram a ocupar a costa litorânea do Maranhão até Pernambuco, estão localizados principalmente nos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto, onde ocupam 26 aldeias, além das zonas urbanas, e uma área de mais de 33 mil hectares de terra.

No interior e no litoral norte, os caboclos são os mestiços mais predominantes, enquanto nas regiões do agreste e do Cariri (mais especificamente o centro-sul paraibano), a população de mestiços é formada principalmente por mulatos. A identidade mestiça foi reconhecida como um grupo étnico-racial-culturais pela lei estadual nº 8 374, de 9 de novembro de 2007, que também instituiu o Dia do Mestiço na Paraíba, comemorado desde então no dia 27 de junho.82 Existem também pequenas populações de cafuzos dentro do estado.

Criminalidade
De acordo com dados do "Mapa da Violência 2012", publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes, que era de 10,8 em 1980, subiu para para 33,8 em 2009 (ficando acima da média nacional, que era de 27,0). Nos mesmos anos, o número de homicídios subiu de 519 para 1 269. Em geral, a Paraíba subiu catorze posições no ranking nacional dos estados e Distrito Federal por taxa de homicídios, passando da vigésima posição em 2000 para a sexta em 2010. João Pessoa e região metropolitana possuíam taxas quase duas vezes maiores que a do estado (64,3), enquanto que, no interior, o mesmo era menor que a média estadual (21,2). Em 2000, os dois municípios mais populosos da Paraíba concentravam 67,6% dos casos de homicídios do estado, número que se reduziu para 55% em 2010. Considerando-se todos os municípios com mais de cem mil habitantes, que em 2000 eram responsáveis por 25% do total de homicídios, passaram, em 2010, para 35% do total do mesmo. Entre os municípios acima de 50 000 e abaixo de 100 000 habitantes, destacam-se Cabedelo e Bayeux, que apresentaram forte crescimento nos níveis de violência. Ao mesmo tempo, a região metropolitana da capital registrou um forte aumento de 164,2% nas taxas de homicídios, enquanto no interior do estado registrou uma queda de 30,4%.

De acordo com dados do "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008", também publicado pelo Instituto Sangari, os municípios paraibanos que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem mil habitantes eram João Pessoa (46,7), Conde (40,5), Campina Grande (36,2), São Mamede (33,4), São Sebastião do Umbuzeiro (33,4).

Política

Palácio da Redenção, sede do poder executivo da Paraíba
A Paraíba é um estado da federação, sendo governado por três poderes, o executivo, o legislativo e judiciário. A atual constituição do estado foi promulgada em 5 de outubro de 1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais.

O poder executivo estadual, sediado no Palácio da Redenção,86 está centralizado no governador do estado, eleito pelo voto popular para mandatos de quatro anos, podendo ser reeleito para mais um mandato. O primeiro governador republicano do estado foi Venâncio Augusto de Magalhães Neiva, em 16 de novembro de 1889, um dia após a proclamação da república. O atual é Ricardo Vieira Coutinho, do Partido Socialista Brasileiro, eleito em 2010 com 53,7% dos votos válidos. O vice-governador, eleito juntamente com o governador e responsável por substituir este em caso da renúncia, afastamento do poder ou necessidade de se afastar do cargo temporariamente, é Rômulo José de Gouveia.

              Prédio Governador Ernani Sátyro,
onde está localizada a Assembleia Legislativa
 da Paraíba, sede do poder legislativo estadual
.
.
O poder legislativo estadual está sediado na Assembleia Legislativa da Paraíba, formada por 36 deputados eleitos para mandatos de quatro anos.90 O primeiro presidente da assembleia legislativa foi José Lucas de Souza Rangel, em 1835, e o atual é Ricardo Marcelo, do Partido Ecológico Nacional. No Congresso Nacional, a representação paraibana é de três senadores e doze deputados federais;90 a partir de 2015, essa representação irá diminuir, passando para trinta deputados estaduais e dez deputados federais.

O poder judiciário da Paraíba possui sede no Tribunal de Justiça da Paraíba, e é composto por dezenove desembargadores.93 A atual presente do tribunal e chefe do poder judiciário estadual é Maria de Fatima Moraes Bezerra Cavalcanti, além de Romero Marcelo da Fonseca Oliveira como vice-presidente e Marcio Murilo da Cunha Ramos como corregedor-geral de justiça.94 Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de comarcas, classificadas em primeira, segunda ou terceira entrância; ao todo, existem 77 comarcas instaladas na Paraíba, sendo 39 de primeira entrância, 33 de segunda e cinco de terceira.95

Tratando-se sobre partidos políticos, dos trinta partidos existentes no Brasil, todos possuem representação no estado. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, baseado em dados de abril de 2013, o partido político com maior número de filiados na Paraíba é o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 50 508 membros filiados, seguido do Democratas (DEM), com 36 801 membros e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 32 129 filiados. Completando a lista dos cinco maiores partidos políticos no estado, por número de membros, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com 28 913 membros e o Partido Progressista (PP), com 24 750 filiados; enquanto isso, o partido político que possuía a menor representatividade no estado é o Partido Ecológico Nacional (PEN), com apenas oito membros filiados.96 Ainda de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o estado da Paraíba possuía, em abril de 2013, 2 860 681 eleitores, o que representa 2,023% do eleitorado brasileiro.97

Símbolos estaduais

São símbolos oficiais do estado da Paraíba a bandeira, o brasão e o hino.31

Bandeira da Paraíba
A atual bandeira do estado, conhecida como Bandeira do Nego, foi adotada em 1930, após uma bandeira que vigorou entre 1907 e 1922. Um terço dela está na cor preta - representando os dias de luto que vigoraram no estado após o assassinato de João Pessoa em Recife, ano de 1930 - e os dois terços restantes na cor vermelha - representando a Aliança Liberal, que adotou a bandeira rubro-negra em 25 de setembro de 1930, por meio da lei n° 204. No meio da parte vermelha, há a inscrição "NEGO", na cor branca e em letras maiúsculas, que é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular e representa a não aceitação do sucessor à presidência da república indicado pelo presidente brasileiro da época, Washington Luís. Quando da adoção da bandeira, o vocábulo era escrito com um acento agudo na letra E (NÉGO). Em 26 de julho de 1965, o decreto estadual 3 919 oficializou a bandeira rubro-negra como a bandeira estadual, vigorando até os dias de hoje.

Brasão da Paraíba
O brasão da Paraíba foi adotado durante a gestão do presidente estadual (hoje governador) Castro Pinto (1912-1915). Ele é usado em papéis oficiais e é formado por quatro ângulos (três na parte superior e um na parte inferior). As estrelas contidas respeitam a divisão administrativa do estado. No alto, há uma estrela de tamanho maior de cinco pontas e com um círculo em sua parte central. No interior desse círculo há um barrete frígio, que significa "liberdade". No meio do brasão, há um escudo com um desenho de homem guiando um rebanho, que representa o sertão, e um sol ao amanhecer, representando o litoral. À direita desse escudo, há o desenho de um ramo de algodão e, à esquerda, uma rama de cana-de-açúcar. Na parte~inferior do brasão, há um laço que "prende" os ramos de algodão e cana-de-açúcar e, dentro dele, uma inscrição mostrando a data de fundação da Paraíba: 5 de agosto de 1585.

O hino foi adotado pela primeira vez em 30 de junho de 1905. Com letra de Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo e a música de Abdon Felinto Milanez.98

Subdivisões

Mesorregiões, microrregiões e municípios


Uma mesorregião é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. Oficialmente, as quatro mesorregiões do estado são: Agreste Paraibano, Borborema, Mata Paraibana e Sertão Paraibano.

Uma subdivisão da mesorregião é a microrregião. A Paraíba é dividida em 23 microrregiões; são elas: Brejo Paraibano, Cajazeiras, Campina Grande, Cariri Ocidental, Cariri Oriental, Catolé do Rocha, Curimataú Ocidental, Curimataú Oriental, Esperança, Guarabira, Itabaiana, Itaporanga, João Pessoa, Litoral Norte, Litoral Sul, Patos, Piancó, Sapé, Seridó Ocidental Paraibano, Seridó Oriental Paraibano, Serra do Teixeira, Sousa e Umbuzeiro.14 No total, a Paraíba está dividida em 223 municípios, sendo o nona unidade de federação com o maior número de municípios e a terceira do Nordeste (atrás apenas da Bahia e do Piauí).

Mesorregiões (4)                         Microrregiões (23)                   Municípios (223)
De acordo com a constituição federal, uma região metropolitana, no Brasil, é constituída por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Oficialmente, existem doze regiões metropolitanas no estado da Paraíba. A primeira delas foi a Região Metropolitana de João Pessoa, criada em 2003, e a segunda foi a Região Metropolitana de Campina Grande, criada em 2009. Em 2011, foram instituídas as regiões metropolitanas de Guarabira e Patos; em 2012, foram criadas as regiões metropolitanas de Barra de Santa Rosa, Cajazeiras, Esperança e Vale do Piancó, e, em 2013, as de Araruna, Itabaiana, Sousa e Vale do Mamanguape.

Regiões metropolitanas (12)




Economia
Ver artigo principal: Economia da Paraíba

Exportações da Paraíba (2012).
A economia da Paraíba é a décima nona mais rica do país e o sexto da região Nordeste (ficando atrás de Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Maranhão e do Rio Grande do Norte, e à frente de Alagoas, Sergipe e Piauí). De acordo com dados relativos a 2010, o Produto Interno Bruto da Paraíba era de R$ 31 947 milhões (0,8% do PIB nacional), enquanto o PIB per capita era de R$ 8 481,14. Desse total, R$ 3 386 mil eram de impostos sobre produtos e líquidos de subsídios. As maiores economias da Paraíba são João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Patos.

Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa,
é a terceira maior economia do estado e o
maior PIB per capita da Paraíba.[114] 
No final do século XVI, quando começou a ocupação do território paraibano, a economia da Paraíba era centralizada no setor primário (agropecuária), principalmente no cultivo de cana-de-açúcar. Atualmente, é o menos participativo no produto interno bruto total do estado (10,3% em 2004). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na pecuária (praticada principalmente na região do Cariri paraibano), a Paraíba possuía, em 2011, 8 265 235 frangas, frangos, galos e pintos; 2 477 534 galinhas; 1 354 268 cabeças de gado; 580 867 caprinos; 447 406 ovinos; 259 283 vacas ordenhadas; 151 702 suínos; 143 702 codornas; 48 284 equinos; 40 557 asininos e 21 637 muares. No mesmo ano o estado produziu 303 078 quilos de mel de abelha, 237 102 mil litros de leite, 32 421 mil dúzias de ovos de galinha e 1 619 mil dúzias de ovos de codorna. Na lavoura permanente 2011 foram produzidos abacate (717 t), algodão arbóreo (34 t, em caroço), banana (202 791 t, em cacho), castanha de caju (1 897 t), coco-da-baía (64 718 mil frutos), goiaba (4 475 t), laranja (7 379 t), limão (1 648 t), mamão (29 217 t), manga (15 558 t), maracujá (5 974 t), pimenta-do-reino (99 t), sisal (7 240 t), tangerina (15 670 t), urucum (739 t) e uva (2 016 t).116 Na lavoura temporária do mesmo ano produziram-se abacaxi (276 250 mil frutos), algodão herbáceo (2 367 t, em caroço), alho (24 t), amendoim (547 t, em casca), arroz (4 332 t), batata-doce (44 640 t), batata-inglesa (2 261 t), cana-de-açúcar (6 417 385 t), cebola (2 718 t), fava (7 681 t, em grãos), feijão (37 680 t, em grãos), fumo (367 t, em folhas), girassol (83 t, em grãos), mamona (149 t, em baga), mandioca (220 874 t), melancia (7 089 t), melão (170 t), milho (62 426 t, em grãos) e tomate (23 102 t).117 Os municípios que possuem o maior produto interno bruto agropecuário do estado são, em ordem decrescente, Pedras de Fogo, Santa Rita, Itapororoca, Alagoa Nova e Araçagi (2009).

Patos, maior centro econômico do sertão da Paraíba
 e a quinta maior economia do estado
O setor secundário é a segunda maior fonte geradora do PIB do estado. O perfil industrial da Paraíba está voltado principalmente para o benefício de minerais e de matéria-prima vindas do setor primário. Os principais centros industriais da Paraíba, bem como os principais industriais do estado, são: na zona da mata, a Região Metropolitana de João Pessoa (notadamente Bayeux, Cabedelo, Conde, João Pessoa, Lucena e Santa Rita), onde se encontram principalmente as indústrias alimentícia, de cimento, de construção civil e a têxtil; no agreste, Campina Grande, onde se destacam novamente as indústrias de alimentos, como também as de bebidas, calçados, frutas industrializadas e, mais recentemente, de software; no sertão, Cajazeiras, Patos, São Bento e Sousa, com destaque para as indústrias de confecções e a têxtil. Atualmente, a atividade industrial no estado encontra-se, até os dias atuais, em processo de desenvolvimento, com intuito de gerar melhores condições de vida à população.118 119 Os maiores PIBs do setor secundário são João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Cabedelo e Caaporã.114

Campina Grande, no agreste, é a principal
cidade do interior da Paraíba
O setor terciário, por sua vez, é a maior fonte geradora de riquezas da Paraíba. No comércio, o estado é o quinto maior em exportação no Nordeste, destacando-se na exportação de bens de consumo, bens intermediários e de capital. Açúcar, álcool etílico, calçados, granito, roupas, sisal e tecidos são os principais produtos exportados da Paraíba para o exterior, destinados principalmente para a Austrália, Argentina, Estados Unidos, Rússia e União Europeia.120 Sua pauta de exportação, em 2012, foi baseada em Calçados de Borracha (46,76%), Açúcar in Natura (27,06%), Álcool Etílico (10,99%), Minério de Titânio (4,20%) e Calçados de Materiais Têxteis (2,45%).

Turismo

Lagoa do Parque Sólon de Lucena,
no centro de João Pessoa.
Outra importante fonte de renda econômica na Paraíba é o turismo. Eleito melhor destino nacional do ano em 2013, cerca de um milhão de turistas que visitam o estado todos os anos.121

Vale dos Dinossauros, em Sousa
A capital paraibana é considerada porta de entrada para o turismo no estado da Paraíba.122 Desde 1970, com a construção do Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa investiu bastante no setor turístico, o que contribuiu com o desenvolvimento comercial na orla da cidade. Tendo como principal cartão-postal o Parque Sólon de Lucena, João Pessoa possui 37 quilômetros de praias, como as de Bessa, Manaíra e Penha e Tambaú, além de um vasto acervo cultural e construções históricas, desde construções mais antigas no centro histórico (como a Casa da Pólvora, o Centro Cultural São Francisco, o cruzeiro monolítico, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e o mosteiro de São Bento), até as mais recentes (tais como o Hotel Globo e o Teatro Santa Rosa), além de contar com a segunda maior reserva de Mata Atlântica do Brasil localizada em área urbana.24 123 Ainda em João Pessoa está localizado o Espaço Cultural José Lins do Rego, no bairro de Tambauzinho, construído em uma área de 55 000 m³, onde funciona o primeiro planetário da região Nordeste, além de ocorrerem apresentações culturais, exposições e feiras.124

O Museu de Arte Popular da Paraíba, localizado
em Campina Grande, é a última edificação
contemporânea finalizada em vida pelo
 arquiteto Oscar Niemeyer
No restante do litoral, destacam-se as areias coloridas (em Pitimbu), Baía da Traição (município que possui praias e redutos indígenas com aldeias), a Fortaleza de Santa Catarina (em Cabedelo), a Igreja de Nossa Senhora da Guia (no município de Lucena), a praia do Intermares (também em Cabedelo) e a praia de Tambaba (em Conde).125 No interior, destaca-se Campina Grande, que, juntamente com João Pessoa, abriga os principais eventos realizados na Paraíba, como O Maior São João do Mundo, o Micarande, o festival de Inverno, o Encontro da Nova Consciência, além de contar com hotéis e diversos outros atrativos, como o Museu de Arte Assis Chateaubriand, o mais famoso da Paraíba.126 127 128 Outros importantes atrativos turísticos naturais e culturais do interior paraibano são: na região agreste, a Cachoeira do Roncador (nos municípios de Bananeiras e Borborema), o Memorial Frei Damião (em Guarabira), a Pedra da Boca (em Araruna), a Pedra do Ingá (em Ingá); na região da Borborema, o Lajedo de Pai Mateus (em Cabaceiras); no sertão, a Estância Termal de Brejo das Freiras (em São João do Rio do Peixe) e o Vale dos Dinossauros (em Sousa).24 125 129 130 131

Infraestrutura


O estado da Paraíba possuía, segundo o censo de 2010, 1 080 672 domicílios, sendo 829 761 na zona urbana (76,78%) e 250 911 na zona rural (23,22%). Desse total, 998 777 eram casas (92,42%); 63 376 eram apartamentos (5,86%); 16 451 eram casa de vila ou em condomínio (1,52%), 2 065 eram habitações em casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco (0,19%) e apenas três eram ocas ou malocas (0,00%). Quanto ao tipo de ocupação, 793 976 domicílios eram próprios (73,47%), sendo 762 489 próprios já quitados (70,56%) e 31 487 em processo de aquisição (2,91%); 185 101 eram alugados (17,13%); 95 046 eram cedidos (8,80%), sendo 19 130 por empregador (1,77%) e 75 916 cedidos de outra forma (7,02%) e os 6 549 era ocupados sob outras condições (0,61%).

No quesito de abastecimento de água, 829 018 domicílios eram abastecidos pela rede geral (76,71%); 57 089 por meio de poços ou nascentes situados dentro da propriedade (5,28%); 50 988 por meio de poços ou nascentes fora da propriedade; 45 348 através de rios, açudes, lagos ou igarapés (4,20%); 645 a partir de poços ou nascentes na aldeia (0,06%); 38 por meio de poços ou nascentes fora da aldeia (0,00%) e 97 546 eram abastecidos de outras maneiras (9,03%). Em relação à energia elétrica, 1 072 551 domicílios eram abastecidos (99,25%) e, quanto ao destino do lixo domiciliar, a maioria (839 321) destinava-o à coleta, que era feita ou por serviço de limpeza (762 646 domicílios, 77,67%) ou por meio de caçambas (76 575 domicílios, 7,09%). E, por último, na questão de existência de banheiros e esgotamento sanitário, dos 958 570 domicílios que tinham banheiros de uso exclusivo do próprio domicílios (88,70%), 523 473 eram atendidos pela rede geral de esgoto ou pluvial ou fossa séptica (48,44%) e os 435 097 de outra maneira (40,26%); havia ainda 62 305 domicílios com banheiro de uso comum a mais de um domicílio, sendo 9 228 por meio da rede geral de esgoto ou pluvial ou fossa séptica (0,85%) e 53 077 possuíram outro escoadouro (4,91%); outros 59 797 não tinham banheiros nem sanitários (5,53%).

Saúde

Em 2009, existiam, no estado, 2 622 estabelecimentos hospitalares, com 8 149 leitos. Dos estabelecimentos hospitalares, 1 825 eram públicos, sendo 1 762 de caráter municipal, 57 de caráter estadual e apenas seis de caráter federal. 797 estabelecimentos eram privados, sendo 734 com fins lucrativos e 63 sem fins lucrativos. 79 unidades de saúde eram especializadas, com internação total, e 2 145 unidades eram providas de atendimento ambulatorial.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios em 2008, 72,5% da população paraibana avaliou sua saúde como boa ou muito boa, 65,2% afirmaram ter realizado consulta médica nos últimos doze meses anteriores à data da entrevista, 41,3% dos habitantes consultaram o dentista no mesmo período e 7,2% da população esteve internado em leito hospitalar. 29,5% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas 12,2% dos residentes tinham cobertura de plano de saúde. No mesmo ano, 83,7% dos domicílios particulares permanentes estavam cadastrados no programa Unidade de Saúde Familiar.

De acordo com a mesma pesquisa, na questão de saúde feminina, 24,4% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das mamas nos últimos doze meses, 27,8% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos e 65,3% das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para câncer do colo do útero nos últimos três anos.136

Educação

Faculdade de Direito do Centro de Ciências Jurídicas
da Universidade Estadual da Paraíba, campus de
Campina Grande
A Paraíba possui várias instituições educacionais, sendo as mais renomadas delas localizadas principalmente em João Pessoa e Campina Grande e em outras cidades de médio porte. A educação da Paraíba é considerada a quarta pior do país, comparado à dos demais estados brasileiros. Na lista de estados brasileiros por IDH, com dados de 2005, o fator "educação" atingiu a marca de 0,793 de índice, sofrendo apenas um aumento de 0,001 em relação ao ano 2000, quando o mesmo índice era de 0,792. É um patamar considerado médio pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ficando, em todo o país, à frente apenas do Maranhão (0,784), do Piauí (0,779) e de Alagoas (0,759).137 Tratando sobre o analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa de alfabetismo (mais o Distrito Federal) mostra a Paraíba com a terceira maior taxa, com 20,2% de sua população considerada analfabeta, mais que o dobro da média nacional (9,02%), de acordo com o censo de 2010.

Câmpus da Universidade Federal de
 Campina Grande em Pombal
Em 2009, a Paraíba dispunha de um total de 4 430 escolas de ensino pré-escolar, 5 708 estabelecimentos de ensino fundamental e 535 de ensino médio. Nesses estabelecimentos de ensino existiam 927 217 matrículas - a maioria de ensino fundamental - e um total de 51 926 docentes (37 573 de ensino fundamental).139 No censo demográfico de 2010, 1 224 467 habitantes do estado frequentavam creches e/ou escolas; 2 072 661 afirmaram que não frequentavam escola, mas já haviam frequentado alguma vez e 469 400 nunca frequentaram a escola. Com relação ao tipo de ensino, 113 584 pessoas estavam no ensino pré-escolar, 53 106 na classe de alfabetização, 32 971 na alfabetização de jovens e adultos, 649 265 no ensino fundamental, 38 384 na educação de jovens e adultos do ensino fundamental, 156 962 no ensino médio, 29 876 na educação de jovens e adultos do ensino médio, 106 878 frequentavam cursos superiores de graduação, 8 624 faziam especialização de nível superior, 3 381 faziam mestrado e apenas 1 524 faziam doutorado.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do estado, em 2011, foi de 4,3 para os anos iniciais (1ª à 4ª série), 3,4 para os anos finais (5ª à 8ª série) e 3,3 para a terceira série do ensino médio.141 Tomando-se por base o desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio de 2011, as escolas com a melhor nota do exame (considerando-se somente as provas objetivas) foram o Colégio Motiva de João Pessoa (Centro Pessoense de Educação), com 628,06 pontos, e o Colégio Motiva de Campina Grande (Centro Campinense de Educação Ltda.), com 625,42 pontos, sendo ambas da rede privada; considerando-se apenas a rede pública, as escolas com o melhor desempenho no exame foram a unidade do Instituto Federal da Paraíba em João Pessoa (584,98) e a Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras (576,62), ambas federais.

Entre as várias instituições de ensino superior da Paraíba, estão o Centro Universitário de João Pessoa (UNIPE),143 a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA),144 a Faculdade de Enfermagem Nova Esperança (FACENE)145 , as Faculdades Integradas de Patos (FIP),146 o Instituto de Educação Superior da Paraíba (IESP),147 o Instituto Federal da Paraíba (IFPB),148 a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB),149 a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)150 e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Fonte: Wikipédia

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