sábado, 7 de fevereiro de 2015

Biu de Dedé - O livro de Antônio Fonseca


Dr. A:\TÓNIO SOARES DA FONSECA JR. nasceu em Itaporanga. Estado da Paraíba, havendo estudado nos Seminário Diocesano de Caicó-RN e Seminário Arquidiocesano de João Pessoa-PB. Ingressou na Faculdade de Medicina da UFPB e após a formatura foi para São Paulo-Capital pós-graduando-se em Cirurgia Vascular.


Apresentação

Para escrever este livro, fiz uma entrevista primeira com o personagem principal da obra e neste dia, na casa de Zé Badu, seu, sobrinho, estavam presentes os irmãos Vanduí (Vando), Maria do Céu, a sobrinha Lucy Alves (Clã Brasil), minha esposa Sa1ly fazendo a filmagem, Fatinha (Mª Fátima Lopes Pereira), cunhada de Badu e Josa Fernandes de Araújo, a esposa idolatrada por quem Biu é apaixonado e do qual ela diz ter o maior orgulho de ser a sua esposa. 

Comecei dizendo que existem dois tipos de imortalidade: 
  • A primeira é aquela que a medicina pesquisa, incessantemente, na busca da vida eterna e que não se sabe se virá ou quando chegará; 
  • a segunda é a imortalidade através do exemplo de vida, de conduta, de obras criadas, que marcam para sempre uma pessoa. 

Esta é possível. 

Ressaltei que o nosso Severino Soares de Araújo é merecedor deste tipo de imortalidade pelo que fez como homem, como músico, mas, também como chefe de família não somente do próprio lar como da casa de seu pai onde, com o irmão Vando, conseguiu ajudar a criar e encaminhar todos estes irmãos, alguns até o curso superior, com o sacrifício de si próprio. Não é à toa que são amados e respeitados por toda a família, 

Ensinaram aos irmãos a lição da serenidade, da honestidade, da simplicidade e de como serem pessoas dignas, sem muito florear, porém, transmitiram uma qualidade muito rica chamada mansidão que é a principal característica desta família que toda a Itaporanga admira e tem como referencial. 

Estou tendo esta honraria em escrever este livro presenteando o nosso querido conterrâneo e o faço em nome de todos os itaporanguenses que, tenho certeza, dão-me este aval de representá-los nesta homenagem tão justa. 

É gratificante ser reconhecido. É reconfortante ser homenageado. 

Todas as pessoas que deixaram algum legado para uma sociedade teriam que ter estes reconhecimentos, no intuito de incentivá-los e aos demais de mostrar sempre o caminho benfazejo da retidão. 

Quando tive a ideia de escrever “Uma sanfona, uma lenda” foi com o objetivo de eternizar àquele: que alegrou a vida de muitas pessoas por muitos anos e trouxe felicidade a dezenas destes casais que começaram o seu namoro ao som desta sanfona maviosa e culminaram em casamento e, consequentemente, filhos que fazem a alegria da casa e da sociedade. 

Se, naquela data, não houvesse aquela festa tocada por Biu de Dedé, muitas pessoas não teriam se encontrado desencadeando o namoro, noivado e casamento e, muitos jovens de hoje, não existiriam como consequência daquela afortunada festa. 

Isto é mais profundo do que se possa imaginar. 

Parabéns, Biu, por toda esta grandiosidade que não foi pensada ou dita anteriormente. 

Parabéns pela alegria que nos passou. 

Parabéns pelo que nos transmitiu com a simplicidade, seriedade, alegria e cumprimento de metas. 

Parabéns para Vando que o auxiliou nesta tarefa árdua, pesada, mas, gratificante de se sacrificar para que os irmãos tivessem oportunidades melhores, dividindo alegrias e tristezas. 

Itaporanga, agradecida, através das minhas mãos, escreve este diploma para eternizá-lo nos anais de nossa história. 
Biu de Dedé - uma sanfona, uma lenda. 

O AUTOR 

Agradecimentos


À minha esposa, Sally, 
que teve o enorme sacrifício de transcrever todo conteúdo do áudio da entrevista para o papel, facilitando, de uma maneira gigantesca, o meu trabalho. 

Aos meus filhos: 
Tony Wendell 
Yuri Patrick 
Henri Carlo 
Wendy Jovanka 
Yamma Mayura 
Marcela Tomelli 
que sempre vibram com os meus trabalhos em prosa e verso. 

Aos meus netos: 
Luna Mayura 
Hannah 
Pedro Henrique 
Aimée 
João 
Que me dão a doçura da infância. 

A Silvia Maria de Lacerda que criou esta belíssima capa. 


Homenagem especial

A Dedé que transmitiu a linhagem musical para os seus descendentes. 
Ao filho Biu 
Ao neto Zé Badu 
Às bisnetas Lucyane 
  Laryssa, e 
           Lisete 
Aos bisnetos Heitor, e 
          Femando 


A imortalidade, de acordo com a Medicina, é a condição de atingir a eterna longevidade e jamais morrer. 

A verdadeira imortalidade, no meu entender, consiste em projetar o nome, a imagem e a obra de alguém para os séculos futuros. O corpo vai; a obra fica. 

ANTÔNIO SOARES DA FONSECA JR 


Prefácio

Dentre as várias e destacadas características do Vale do Piancó evidencia-se a musicalidade de sua gente. 

É uma região de muitos talentos. E, em meio a tantos valores, o médico, poeta, escritor e especialmente pesquisador Antônio Soares da Fonseca Júnior foi pinçar exatamente Severino Alves, ou mais precisamente Biu de Dedé, para resgatar através de sua história e obra a verve musical do Vale que encanta a Paraíba.

E por que Biu de Dedé? 

Porque, talvez, a sua história seja a história de tantos outros nordestinos, que vencem pelo trabalho e pela perseverança. 

O nordestino é antes de tudo um forte no dizer de Euclides da Cunha. 

Biu mostrou, com seu exemplo de vida, quanto Euclides estava tão certo. E mais do que vencer as adversidades cotidianas, revelou, também, como é possível mitigar o sofrimento e a dureza da vida alegrando a sua gente com a doçura da música. 

Neste livro, está o almanaque de uma vida de nordestino. Do menino que mira o futuro portando a áspera ferramenta para cultivar a terra, mas, mantém os dedos suaves para extrair música de um fole de oito baixos. 

E de como um sonho faz o jovem vender seus poucos bens para adquirir sua primeira acordeon. 

E de como um boêmio emérito, namorador, passa a dominar os bailes com a sua sanfona e segue trabalhando contra as inclemências de um solo tão árido para sustentar a família e seguir sendo feliz. 

Esse livro é uma espécie de pequena saga do nordestino humilde que é obrigado a enfrentara vida, vencer as dificuldades, em meio a uma natureza de solo pobre, que sabe ser hostil em períodos de seca inclemente, mas, também pode ser generosa e, com as bênçãos das chuvas, fazer da semente uma esperança de dias melhores. 

Uma natureza que está prenhe dos acordes da música de uma gente, que sabe cantar suas dores, mas, também solfejar suas alegrias. 

João Pessoa, dez de 2014 

HÉLDER MOURA 
Jornalista e escritor 

Do livro: Biu de Dedé


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