Criança dentro de lixeira e jovem dentro de esgoto
Por Redação da Folha – Os recursos e as iniciativas que faltam para melhorar a saúde mental e garantir assistência médica e medicamentosa às pessoas vítimas de transtornos e depressão, evitando o suicídio e a autodegradação física e moral, também faltam para melhorar a condição de vida das famílias em extrema pobreza e evitar a marginalização de crianças e adolescentes.
Na última quinta-feira, 5, o dia em Itaporanga foi tomado por fatos que retratam a grave vulnerabilidade de crianças vitimadas pela pobreza e jovens com problemas psiquiátricos. Na Avenida Padre Lourenço, um menino é flagrado dentro de um coletor de lixo à procura de restos que sejam úteis a ele e à família, uma prática cotidiana na vida do garoto. Um pouco distante dali, mais uma cena lamentável: um jovem com transtornos mentais toma "banho" em um esgoto podre, localizado na Getúlio Vargas, centro econômico de Itaporanga.
Os dois episódios depõem contra a dignidade da pessoa humana, afrontando a Constituição e as convenções internacionais. Diante disso, a fundação humanitária José Francisco de Sousa encaminhou documento à Promotoria de Justiça pedindo providências no sentido de cobrar do poder público solução para esses problemas, que são recorrentes. “As entidades públicas de defesa dos direitos das crianças e jovens não podem repetir os erros anteriores e tentar criminalizar e penalizar as famílias em vez de ajudá-las na difícil realidade que vivem em função dos filhos. O que as instituições precisam fazer é obrigar que o poder público cumpra a lei e faça sua parte no apoio e auxílio aos pais no enfrentamento da pobreza e da doença”. Esse é um trecho do pedido de providências protocolado pela fundação. Fotos Marcos Oliveira/Sousa Neto
0 comentários:
Postar um comentário