Nesse mês de setembro, faz um ano que o Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho deixou o convívio terreno e foi para outro plano espiritual.
Quero, com essas palavras, prestar, mais uma vez, minha homenagem ao Padre Zé. E por que este meu ato? Não por que desconheça outros filhos e habitantes de Itaporanga, reconheço que existem e existiram grandes itaporanguenses (homens ou mulheres) os quais tiveram grande importância, grandes heróis anônimos existiram e existem, cidadãos, trabalhadores e cumpridores dos deveres a eles impostos, pais de famílias, donos e donas de casa, funcionários públicos etc. Mas, quero destacar o papel do pe Zé para o desenvolvimento da nossa cidade Itaporanga. Entendemos desenvolvimento como crescimento, adiantamento, progresso ou prosseguir em frente. Sabemos que nem todos nascem com habilidades em determinadas áreas do conhecimento humano, podem existir um bom professor, um bom comerciante, um bom cozinheiro, um bom carpinteiro, um bom marceneiro, um bom contador de estória ou um bom curandeiro etc. Há pessoas que vieram ao mundo com determinados dons e os fazem desempenharem em benefício da evolução humana e aí, então, onde entra a figura do Padre Zé, do Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho, este homem de visão apurada.
O que seria da cidade de Itaporanga sem a figura do Padre Zé?. Com certeza, seria mais atrofiada em termos de desenvolvimento, pois o Padre Zé ocuparia a função, ensinada por Cristo, de levar a luz onde existissem trevas.
Então vejamos, o ato de trazer para o Ginásio, hoje Colégio Diocesano, na minha época: ensino de música, de datilografia (saudoso), de secretariado, de enfermagem, de práticas agrícolas, além das disciplinas fundamentais do estabelecimento educacional, é no mínimo, noção de uma pessoa dotada de visão futurista, de visão transformadora do ambiente onde vive.
Lembro-me, em minha época, nas suas aulas de política brasileira, disciplina ministrada pelo Padre: Organização Social e Política do Brasil Hoje não mais existente, de várias indagações feitas por ele Padre Zé em sala, assim, eu começava a me empolgar, responder e comentar algumas inquirições feitas pelo mestre, então ele chegou pra mim e disse: passe na secretaria do colégio para eu entregar a você umas revistas sobre atualidades e lá, entregou-me revistas atuais dizendo pra mim: leia, pois você vai ser um grande _rs_. Ele era, também, um caça-talentos, e não foi só comigo, ele reconhecia os talentos nos alunos que se destacavam, muitos outros colegas ele norteava (orientava) também. Vem agora, também, a minha memória, as preleções feitas em sala, e muitas vezes, fazia reunião com várias turmas de séries diversas para preleções maravilhosas, palavras atuais e de sentido positivo para os seus discípulos.
Não quero desmerecer outros itaporanguenses ilustres e anônimos nem as instituições de ensino existentes na mesma época do Ginásio Diocesano de Itaporanga, todos tinham e merecem importância, mas destaco a figura do pe Zé como iluminado e guia de uma área, de um grupo e como instrumento de crescimento intelectual, social, político e econômico.
Se aqui fizéssemos uma análise da História de Itaporanga citando grandes nomes, desde os primeiros habitantes como: Joaquim Carnaúba, João Medeiros, Alexandre Gomes da Silva, pe Lourenço, Praxedes Pitanga, Dr. Paizinho, Marleno Barros, Sinval Pinto, João Franco, Soares Madruga, José Silvino, Will Rodrigues e outros... _ Pra mim, e pra história da cidade, a figura mais atuante, em termos de desenvolvimento para Itaporanga se chamou e se chama, Monsenhor José Sinfrônio de Assis Filho Padre Zé.
Economista, Francisco Carlos de Alexandria;
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