Madá Leite Guimarães, uma bandeirante
Aos 91 anos de Idade, faleceu em João Pessoa, Dona Madá Leite Guimarães esposa de José Teódulo da Silva(falecido), mãe do renomado Artista Plástico Francisco Teódulo(GIL), Antonio Teódulo(falecido) e de Célia Teódulo.
Madá era da família Guimarães, filha do Major Abdon Leite Guimarães, homem nobre que dedicou sua vida inteira à Itaporanga, ora como Cartorário e assistentes de Juizes, ora como tradutor de Padres estrangeiros que visitavam nossa Itaporanga à sua época.
Tia Madá carregava consigo o espírito de uma bandeirante, pois na década de 50 saiu de Itaporanga, rumo ao centro oeste e juntamente com seu esposo e filhos se aportaram no Goiás, na cidades de Ceres e depois Rialma onde morou até o fim daquela década.
Brasília começava a nascer e o Núcleo Bandeirante precisa de um Homem enérgico e sério para ser o Delegado e o Sr. José Teódulo foi nomeado como Primeiro Delegado de Brasília e lá se foi Dona Madá morar em Brasília.
Nessas Entradas e Bandeiras no desbravamento de suas vidas na Região Centro Oeste, Dona Madá e José Teodulo da Silva, presenteou toda nossa família com o nascimento de uma linda gatinha que todos nós da família do Major Abdon conhece por Celhinha que me tirou a Coroa do Neto mais novo da família.
Agora a nossa bandeirante não está mais aqui, ela passou para os braços de Deus às 3,00 horas da madrugada do dia 16.05.07, com certeza e como diria o bom Cristão para Dona Madá não houve julgamento final, Deus em sua bondade infinita simplesmente tocou na sua cabeça e disse: Vem ficar aqui do meu lado, do mesmo lado onde está Dona Capitulina sua mãe, Abdon Leite seu pai, José Teódulo seu esposo, Antonio seu filho e seus irmãos: Ranulfo, Hermínia, Olívia, Edson, Dazinha e Severino, vem que estou precisando da sua jovialidade, da sua alegria, da sua espiritualidade, do seu bom humor, estou precisando de você para que todos os seus daqui e lá da terra, possam sentir que a morte também é feita de alegria e de felicidade, você minha filha, será aqui no céu uma espécie de anjo com a atribuição de velar por aqueles que não acreditam, que se pode fazer das atribulações da vida, um paraíso e transformar as coisas ruins em coisas boas.
Minha querida tia, chorei e choro sua partida, mas o meu choro é apenas de saudades, como ainda choro de saudades de Dona Dazinha, minha mãe e as vezes até digo que desde que ela morreu que minha vida perdeu o sentido. Mas quem sou para falar assim dos desígnios de Deus? Vou continuar chorando de saudades sim, de você e de minha Tia Olívia, porque vocês representaram muito para minha.
Com certeza você estará lá de cima olhando para todos nós, mas é necessário se dizer que você irá fazer falta porque apesar de ter 91 anos, você era jovem, era brincalhona, era piadista e cheia de humor, você era gente, no seu rosto estava escrito: eu sou sincera, eu sou verdadeira, eu tenho amor para dar a todas as pessoas.
Até breve minha TIA, eu lhe amo.
DEHON em 17/05/2007