Preferências de Composições e Autores
Fundou uma banda com diversos amigos onde estavam Vilson (violão), Zito (saxofone), Costa (trombone de vara), Tico de Olegário (bateria), Centinho (pandeiro) e Pedro Mouco (caracaxã). Compôs um chorinho chamado “Revendo os amigos”. Não compôs mais porque se declara limitado em seu conhecimento de partituras uma vez que tocava sempre de ouvido e isto já era suficiente para ir ganhando o seu dinheiro e fazendo o pé-de-meia.
Revela que foi instado para compor o chorinho e o fez de uma maneira um tanto engraçada; “quando Zé Badu lançou o CD Filhos de Itaporanga, ele me disse:
- tio Biu, eu queria um chorinho seu para gravar no CD.”
Prometi que iria avaliar esta possibilidade; na época eu já estava deixando a profissão, então, fiz duas partes, mas Zé Badu insistiu:
- Faça mais uma.
Fiz e viemos para o Recife; na época, era lá que acontecia a gravação. Eu estava com medo de não dar conta do recado porque o chorinho, em si, é difícil, e ainda havia o nervosismo e o medo de decepcionar, porém, tive a felicidade de gravar.
Badu voltou à carga:
- Tio, você não quer gravar um pouco mais lento e eu, com medo de não saber gravar de novo (risos) respondi:
- Não, tá bom! Este já está pronto.
Graças a Deus imortalizei esta música e hoje ela está ensaiada e tocada por minha sobrinha Lucy Alves, filha de Zé Badu; estou muito feliz por ter uma substituta com muito mais técnica do que eu.
Tem como ídolo maior, no acordeão, o itabaianense Sivuca cuja execução instrumental acha perfeita sem contar com as composições fantásticas feitas e tocadas por este artista maravilhoso.
Refere-se a Dominguinhos com muito carinho, principalmente, pelo casamento que faz da própria voz com o instrumento.
Luiz Gonzaga é o seu referencial maior por todo acervo musical que legou para o Brasil e que se encontra atualizado até hoje.
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