Por jesus em 08/07/2006
Eu nasci católico e professo, até os dias atuais, essa Crença Religiosa!
Quando criança, em Itaporanga, na época, Misericórdia, pois, fazia um pouco mais de uma década da alternância do nome, convivi com Ademar Augusto, uns três anos mais moço que eu, menino em seus 10 anos de idade, mas já muito sério e compenetrado nas coisas da vida.
Era primo meu pelos dois lados. Seu Pai, Antonio Augusto de Carvalho, era meu primo legítimo e sua mãe, Maria Perpétua Leite, prima em segundo grau. Demar, como costumávamos chama-lo, assim como eu e meus irmãos éramos filhos de assalariados estaduais e tínhamos como sonho, o saber, a cultura, mas a dificuldade era grande, pois em nosso rincão havia, apenas, o ensino primário e o deslocamento e estada em outros meios mais adiantados, onde pudéssemos cursar o ginasial, eram dificultosos.
Tivemos mais sorte que ele, conseguimos vaga em seminários, eu no longínqüo Recife, Tõin em Caicó, Dehon em Cajazeiras e assim nossos caminhos bifurcaram-se.
Entretanto, Ademar Augusto era valente e não desanimou. Naqueles tempos, o meio de comunicação era deficiente, no nosso interiorzão, fazia-se através de um único meio, os correios e telégrafos, precariamente. Crispim Pessoa, o Pessoinha, de saudosa memória, teve a idéia de criar um serviço de difusão através de Rádio e conseguida a licença, fundou a Rádio Cruzeiro do Sul, um avanço significativo para a comunicação do Vale do Piancó.
E lá estava, o jovem Demar como seu locutor principal, difundindo a notícia, a música, às comunidades vizinhas, sítios, etc. Ele que nascera com a vocação para o jornalismo falado, dava assim seu primeiro passo vitorioso na senda da vida. Posteriormente, casou-se para constituir família, o destino de todo ser vivente e, anos mais tarde, viria a alcançar seu outro grande objetivo, a Formação em Direito.
Quando partiu, prematuramente, deve ter chegado às Plagas Divinas, realizado, porque não há prêmio maior para qualquer ser humano do que ser sabedor que gerou um filho exemplar, inteligente, íntegro, digno do merecimento da Sociedade em que vive. E Ademar Augusto teve esta felicidade, ser pai de um ser humano da estirpe de Reynnolds Augusto.
Comecei este relato dizendo-me Católico e ainda continuo, todavia, isto não me faz sentir castrado em não poder ver os erros e as benesses de outras religiões e os da que professo. Todas as religiões monoteístas têm em comum um só objetivo, a Presença de Deus.
Os caminhos para esta difícil ou fácil caminhada, dependendo de cada um, através das religiões, são diferentes, uns mais pertos, outros mais longos, contudo que a meta seja atingida, no final.
Apegar-se em demasia, ipsi litteris ao que se está escrito, sem nenhuma reflexão, sem alguma análise, pode se tornar danoso, levando muitas vezes, a pessoa ao fanatismo religioso.
Eu gosto muito de ler o que Reynnolds escreve. Faço minhas análises, tiro minhas conclusões, discordo de alguns pensamentos, mas, em grande parte concordo e comungo de suas idéias espirituais.
Para não me alongar muito, exponho um tema, exemplificando. Há uma Força Universal Infinita, não teve princípio nem terá fim, Criadora de tudo que está aí, dentro do mais perfeito equilíbrio que possa existir. Não importa as diversas designações para identificá-la: Natureza, Força maior, etc. Eu a identifico como DEUS.
Se é Infinito, logo é ONIPOTENTE! Se foi capaz de criar todo o Universo com todo seu equilíbrio, logo é ONICIENTE e ONIPRESENTE porque está em toda parte. Ora, como é que uma Criatura, a essência da inteligência da sabedoria, da igualdade, nomeia um único povo, uma parcela ínfima da humanidade como o seu Povo, o Povo eleito de Deus?
Como é que uma Criatura ONICIENTE, a essência da igualdade, cria local de eterno castigo para uns e um paraíso para outros? São pontos de reflexão que não devemos desprezar.
A propósito do que li em uma mensagem, "que alguém fazia caridade e não resolvia seus problemas", devo dizer que ninguém faz caridade visando retorno material, pois assim procedendo estará abolindo o verdadeiro sentido da ação, constituindo-se, então, numa transação comercial, por sinal, muito ousada, com Deus.
Aproveitando a carona, quero apresentar minhas congratulações ao amigo João Bandeira pelo retorno, com suas deliciosas crônicas.
um abraço a todos!
Jesus Fonseca
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