sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Vinte anos da morte de Madruga


Se ainda estivesse vivo, o jornalista e deputado estadual José Soares Madruga estaria completando 79 anos no dia 24 de dezembro próximo, mas o itaporanguense filho do Cardoso já não vive há vinte anos. Deixou uma região inteiramente órfã de representação política exatamente no dia 14 de dezembro de 1989.

Soares Madruga morreu, mas deixou um legado de realizações públicas imorredouro: foi, indiscutivelmente, a liderança política que mais angariou obras para Itaporanga no século vinte. Quase tudo de importante que o município tem hoje em termo s de investimentos públicos veio pelas mãos de Madruga: adutora, açude de Cachoeira, BR-361, conjunto Chagas Soares, hotel Pedra Bonita, aeroporto, canal Xique-Xique, rede de esgoto, subestação elétrica, hospital infantil, escolas Adalgisa e Professor Neves, e várias representações da administração estadual, a exemplo dos núcleos de educação, agricultura, Emater, DER, Suplan, Saelpa (hoje Energisa), Companhia de Polícia e piscicultura, além de inúmeros projetos de reforma e ampliação de órgãos públicos, a exemplo do hospital distrital, e de eletrificação e abastecimento d’água rurais.

Mas a atuação de madruga, durante 15 anos (de 74 a 89) que esteve na Assembléia Legislativa, não beneficiou apenas Itaporanga: alguns dos maiores e mais importantes benefícios em outros 11 municípios do Vale (Boa Ventura, Diamante, Santana de Garrotes, Coremas, Emas, Nova Olinda, Igaracy, Serra Grande, Curral Velho, Pedra Branca e São José de Caiana) chegaram pela ação do filho de Chagas Soares Ana Loureiro.

Madruga foi um dos mais ativos e brilhantes líderes políticos da Paraíba em todos os tempos. Além de uma das figuras mais ilustres da Assembléia, onde seus discursos e proposituras ganhavam repercussão estadual, o itaporanguense também ocupou vários outros cargos, entre os quais secretário de Comunicação do Governo do Estado. Presidiu a Assembléia e foi governador interino da Paraíba.

Como militante da imprensa, ganhou destaque e notoriedade escrevendo para o jornal Correio da Paraíba. Além de colunista político por quase duas décadas, Madruga também foi redator, secretário e diretor do jornal.

Por ocasião da passagem dos 79 anos de nascimento e 20 anos da morte de Soares Madruga, a Folha vai contar em duas reportagens, a partir desta edição, um pouco da trajetória do pequeno grande itaporanguense.

Jornal Folha do Vale - 2009



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