quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Dois anos da Morte dos Músicos de Itaporanga

Fonte: Folha do Vale com Adptações do blog juventude de itaporanga

“A Música é a arte de manifestar os sentimentos do homem através do som”  (Conceito universal da música)

A exatamente dois anos atrás Itaporanga perdia em um grave acidente o seu grande patrimônio  artístico musical, o Maestro Radegundis e seus companheiros de sexteto Roberto Ângelo, Adenilton (natural de Igaracy) e Luiz Benedito.

Eles tinham saído de João Pessoa, onde residiam, para abrilhantar a festa da paróquia de Itaporanga (que comemorava cento e cinquenta anos de fundação) com um show do sexteto de trombone, o grupo com o qual o instrumentista itaporanguense se apresentava nos mais importantes palcos do mundo.

Traria para sua terra o melhor e lançaria aqui mais um CD: acostumado aos aplausos das mais seletas platéias do planeta, queria também os aplausos de seus conterrâneos e ser grato à Igreja da qual ele e a maior parte do seu grupo eram frutos. Nasceram da filarmônica Cônego Manoel Firmino, uma das obras culturais mais importantes do padre José Sinfrônio de Assis Filho.

Os seis músicos dividiramse em dois carros: Radegundis seguia na frente e com ele viajavam Roberto, Adenilton e Luiz Benedito, que já saiu de João Pessoa com o grupo. Ao passarem por Piancó, os músicos decidiram visitar um companheiro (o conhecido maestro Nêgo Lula) e nesse ínterim, o carro com a outra parte do sexteto passou: Sandoval, Rogério e Gilvando chegaram primeiro a Itaporanga e ficaram aguardando os colegas, mas o que chegou foi a notícia da tragédia. “Nós chegamos em Itaporanga e ficamos esperando, foi quando soubemos que tinha havido o acidente, mas eu pensava que não era nada grave, e só quando cheguei no local foi que me deparei com a tragédia, uma coisa que ninguém imaginava e até hoje eu custo em acreditar”, comenta Gilvando Pereira da Silva. Um outro integrante do sexteto, conterrâneo e amigo de Radegundis desde o Ginásio Diocesano, Sandoval Moreno de Oliveira, além do tio Luiz, perdeu um companheiro da vida inteira e permanece profundamente abalado.

Ao passar pelo trecho da BR-361, que corta o sítio Roça de Cima, município de Piancó, já próximo ao limite com Itaporanga, Radegundis perdeu o controle do seu carro, um Citröen C4, placa NPT 5510, que saiu da pista e capotou violentamente, indo parar às margens da estrada, onde, em poucos minutos, foi consumido pelo fogo. Não houve sobrevivente: seus quatro ocupantes morreram carbonizados. Um deles, Luiz, foi arremessado para fora do veículo durante a capotagem, mas caiu próximo ao carro e também foi queimado.

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