Quase todos os órgãos e obras públicas de Itaporanga chegaram aqui pelas mãos do deputado estadual Soares Madruga, mas o município nunca soube reconhecer o trabalho e o esforço do pequeno grande homem, nem em vida nem após sua morte.
“Todo trabalho de Madruga, durante sua vida inteira, foi dedicado a Itaporanga, mas aqui era o lugar onde, proporcionalmente, ele tirava menos votos: a cidade sempre preferiu votar em gente de fora”, diz o pediatra Paulo Soares, irmão de Madruga.
Na campanha eleitoral deste ano, Zé Mário (foto), filho de Soares Madruga e um homem preparado para assumir uma função parlamentar, disputou uma vaga de deputado estadual pelo PT, e, apesar das fotos ao lado do pai e do retrato de todas as grandes obras de Madruga, não conseguiu apoio por aqui, nem da própria família, parte da qual votou no sousense Lindolfo Pires por razões não muito claras.
Sem apoio, Zé Mario tirou apenas 301 votos em Itaporanga e 2.859 em todo o estado, ou seja, conquistou mais voto fora do que dentro de sua própria casa, cuja água que bebe, escolas que estuda, estrada que pisa e muito mais foram frutos da luta parlamentar de Madruga.
No pleito desse domingo, 3 de outubro, Itaporanga votou em 116 candidatos a deputado estadual de fora, mas, pelo menos, dois filhos da terra foram bem aceitos nas urnas este ano, mas poderia ter sido melhor: Expedito Leite tirou 2.745 votos e Nosman Barreiro Paulo obteve 2.693, e não foram eleitos. Em terceiro lugar ficou o sousense Lindolfo Pires (2.054 votos) e depois veio o patoense Antônio Mineral (434), que conseguiram a reeleição.
Zé Mário, que não conseguiu a eleição, ficou em quinto no município e um outro benfeitor regional, Wilson Leite Braga, conquistou apenas 164 votos em Itaporanga, mas foi eleito para a Assembleia Legislativa.
Publicado no Jornal Folha do Vale em 04-10-2010
0 comentários:
Postar um comentário