Irineu Rodrigues da Silva
Com a renuncia de Praxedes da Silva Pitanga, em solidariedade a Argemiro de Figueiredo que havia sido substituído no Governo da Paraíba pelo advogado e jornalista Ruy Carneiro, Irineu Rodrigues da Silva foi nomeado pelo novo interventor e assumiu o cargo de Prefeito no dia 29 de agosto de 1940, permanecendo no cargo por vários meses, quando procurou conservar a cidade dentro dos melhores padrões de limpeza, incentivando o seu desenvolvimento urbano, promovendo a derrubada do velho mercado, para a construção da prefeitura, e mantendo uma política de boa vizinhança com as demais cidades da região, sem esquecer de prestigiar os habitantes das vilas e povoações que compunham o município itaporanguense.
Filho de Mileno Agripino da Silva e de Alexandrina Rodrigues da Silva, Irineu nasceu no sitio Misericórdia Velha. à margem do Rio Piancó, onde se deu o inicio da povoação da comunidade, local em que estabeleceram primeiros os nossos fundadores que anos depois atravessar o rio e foram se fixar na sua margem direita, dando inicio ao que é hoje a sede do nosso município.
Descendente de proprietários rurais, se fez fazendeiro, comerciante e oficial do Cartório de Registro Civil. Homem forte, foi um político respeitado e a sua firmeza de caráter e a dignidade como sempre se houve foram os marcos de sua personalidade, fazendo com que galgasse um lugar de destaque e o reconhecimento público dos seus conterrâneos de Itaporanga.
Casado com Maria Vieira, sua conterrânea, Irineu Rodrigues da Silva, sempre viveu em Itaporanga, e do seus enlace matrimonial nasceram os seguintes filhos: Maria Creusa, Francisco Creozon, Maria Cleides, José Olavo, lrineu Júnior e Aércio Roberto.
Ele faleceu em 1997 e o seu corpo está sepultado no Cemitério Mãe de Misericórdia.
Antonio Vital Gomes
Antônio Vital Gomes, que assumiu a Prefeitura Municipal de Itaporanga nos primeiros anos da década em 40, nasceu no sitio Minador, filho de José Vital Gomes e Francisca Barreiro Gomes, no dia 31 de outubro de 1910. Apaixonado por música, aos 15 anos já tocava na banda de sua cidade, primeiro “requinta” e depois clarinete. O primário fez na sua terra natal, onde também foi professor de música. Como maestro, fundou, em 1958, a banda de Mamanguape, de que foi o seu primeiro diretor.
Destemido, Antônio Vital, antes de completar 20 anos, alistou-se como voluntário na Policia Militar na Paraíba para servir à Revolução de 30. Terminado o Movimento, deixou os quadros da PM e retomou a Itaporanga. Como Prefeito cuidou de dar um novo aspecto a cidade, promovendo a melhoria das áreas comerciais e oferecendo melhores condições aos que trabalhavam pelo desenvolvimento da cidade.
Ele foi ainda o responsável pela criação do Clube Recreativo “Zelai que é Vosso” em Itaporanga e, como funcionário da Secretaria de Finanças do Estado, foi agente fiscal em Mamangupe e coletor em Areia. De 1956 a 1958 exerceu o cargo de adjunto da Secretaria de Interior e Justiça, cujo titular era o advogado José Mário Porto.
Em 1958, já aposentado como agente fiscal, fundou a União dos Inativos da Paraíba, e naquele mesmo ano assumiu a Secretaria da Prefeitura Municipal de Areia, de cujo município também foi interventor. Antônio Vital Gomes foi casado em primeira núpcias com a professora Julieta Maia e, em segunda, com a funcionária pública estadual Marlene Gadelha Galvão. Ele faleceu no dia 04 de abril de 1961.
Marcolino Farias da Silva
Sinhozinho, como Marcolino Farias da Silva era mais conhecimento, foi prefeito de Itaporanga no período compreendido entre 1946 e 1947, nomeado para o cargo por José Gomes da Silva, um itaporanguense como ele, que no momento era o interventor federal na Paraíba. Apesar do pouco tempo em que esteve à frente dos destinos de sua terra e considerando a existência de poucos recursos para obras, Sinhozinho manteve a cidade limpa e bem organizada e construiu o cemitério da vila de Boa Ventura, um dos mais destacados distritos do velho município.
Filho de João Severino da Silva (Dandão) e Joana Alves de Farias, Sinhozinho nasceu no dia 08 de agosto de 1904 na cidade de Itaporanga, onde fez o curso primário. Concluiu o ginásio em Cajazeiras e logo voltou para casar-se com Carolina Alves de Farias, com quem teve os seguintes filhos: Adnalva, José, Francisca (Neta) e Gleides. Proprietário do Cantinho, onde se dividia entre as atividades de senhor de engenho e pecuarista, ele sempre teve participação influente na vida política e social de Itaporanga. Faleceu no dia 08 de setembro de 1982.
Hormisda Teodulo da Silva
Nomeado pelo Governador do Estado com a missão de administrar provisoriamente o município e fazer o elo entre o regime ditatorial e a democracia que chegava também aos municípios brasileiros com a eleição dos seus respectivos prefeitos, Hormisda Teodulo da Silva recebeu a Prefeitura de Marcolino Farias da Silva e a entregou a José Barros Sobrinho, num momento de singular importância para a vida política do país que, finalmente, encontrava os caminhos para a retomada da cidadania e, consequentemente, os meios necessários ao seu desenvolvimento integrado.
Hormisda nasceu no dia 14 de setembro de 1897, na cidade de Itaporanga, e faleceu no dia 20 de setembro de 1968, em Campina Grande. Ao longo dos seus 71 anos de existência, foi comerciante em Piancó, entre os anos de 1926 e 1930, gozando de muito prestigio nos meios políticos e sociais do município, representado pelo padre Aristedes e a família Leite, de grande influência na região.
No inicio da década de 30, quando novos ventos sopravam sobre o município, ele retoma a sua terra natal e, aliado de Praxedes da Silva Pitanga, passa a ser uma espécie de articulador político cuidando de aparar arestas e promover acordos em beneficio do progresso e da paz entre as muitas famílias do lugar, e do desenvolvimento das comunidades itaporanguenses.
Apesar da brevidade de sua administração, ele caracterizou-se pela preocupação com o bem estar da população, especialmente os mais humildes e carentes. Durante muitos anos exerceu o cargo de tabelião público, aposentando-se no dia 10 de outubro de 1959, quando foi substituído pela sobrinha Maria Ivete Fonseca, ainda em atividade.
Hormisda Teodulo deixou para os seus familiares e conterrâneos um exemplo de vida honesta e progressista, destacandose pela contribuição para o desenvolvimento inicial de Itaporanga, com coragem e justiça, legado que foi seguido pelas novas gerações itaporanguenses.
José Barros Sobrinho
Com o final do governo de Getulio Vargas e, consequentemente, a redemocratização do país, quando aconteceu eleições em todos os níveis, José Barros Sobrinho tornou-se o primeiro prefeito de Itaporanga a ser eleito após o período ditatorial, concorrendo pela legenda do Partido Liberal. Ele governou o município de 30 de novembro de 1947 até o dia 30 de novembro de 51.
Filho de Rosendo Barros da Silva e Francisca Barros da Silva, José Barros nasceu no dia 12 de janeiro de 1914, no sitio Barra de Otis, pertencente ao então distrito de Diamante. Casado com Marina Vieira Barros, teve quatro filhos: Manoel Marleno, Jeová, Luiz e Alberto Barros da Silva. Apesar de ter cursado apenas o primário, José Barros era um homem intelectualmente preparado, tanto que chegou a lecionar na escola do professor Neves, um dos muitos educandários existentes em Itaporanga na primeira metade do século.
Como prefeito, procurou sempre atender as necessidades do povo e melhorar os aspectos urbanísticos da cidade. Foi ele quem iniciou os preparativos para o inicio do calçamento da Avenida Getulio Vargas, e as escavações para a construção do antigo mercado público e do Hospital José Gomes da Silva. Ele também promoveu a conservação das estradas ligando a sede aos vários distritos do município, e patrocinou a abertura de vários grupos escolas.
Militante político de todas as horas, José Barros foi nomeado tabelião e escrivão do Primeiro Cartório de Notas da Comarca de Itaporanga, no dia 08 de fevereiro de 1963. No dia 15 de novembro de 1972 foi eleito vice-prefeito de Itaporanga na chapa encabeçada por Sinval Pinto Brandão, sendo empossado no dia 31 de janeiro de 1973. Ele faleceu no dia 25 de novembro daquele mesmo ano. Em reconhecimento a tudo que representou, José Barros foi homenageado pelo município com a colocação do seu nome na artéria que morou, a antiga Rua Santa Terezinha, e no Estádio Municipal.
Sebastião Rodrigues de Oliveira
Com a renuncia de Praxedes da Silva Pitanga para concorrer ao cargo de Deputado Federal, as rédeas da administração pública de Itaporanga passaram para as mãos do seu vice, o comerciante Sebastião Rodrigues de Oliveira, nascido no vizinho município de Ibiara, no dia 31 de maio de 1907, mas que logo cedo transferiu-se para Itaporanga, trabalhando inicialmente nas organizações comerciais de Josué Pedrosa. Foi secretário da Prefeitura Municipal na administração de Sebastião Gomes da Silva, tornando-se ainda suplente de Juiz de Direito pelo período de seis anos. Como comerciante, Sebastião Rodrigues trabalhou com algodão, peles e cereais.
Casado com Maria de Lourdes Rodrigues, teve cinco filhos: Ary, Walter, Ivan, Terezinha e Arivan. Chegou à Prefeitura em 1954 e passou oito meses no cargo, realizando então uma elogiada administração, sendo ele, entre outras obras, o responsável pela conclusão e inauguração do Palácio dos Poderes, onde ainda hoje funciona a Prefeitura Municipal e que, teve o seu interior inteiramente reformado pela então prefeita Kátia Pinto Brasileiro. No seu governo a cidade ganhou uma nova cadeia, a mesma que ainda existe, e ele começou a calçar a Avenida Getulio Vargas, o que lhe valeu muito prestigio. Sebastião Rodrigues de Oliveira faleceu no dia 11 de fevereiro de 1980.
Abraão de Souza Diniz
Nascido na união de João de Souza Diniz com Joaquina Mangueira, Abraão de Souza Diniz nasceu no dia 27 de junho de 1898, na então Vila de Diamante. Era casado com Francisca Laranjeira Diniz e deste matrimonio nasceram 12 filhos, mas apenas dois sobreviveram: Francisco e Mauto de Souza Diniz. Agricultor e pecuarísra, politicamente esteve no iniciou de sua vida pública ligado a Praxedes da Silva Pitanga que o ajudou a eleger-se prefeito de Itaporanga no dia 30 de novembro de 1955, permanecendo no cargo até 30 de novembro de 1959, tendo Flávio Cavalcanti Arruda como vice.
Terminado o mandato passou Abraão a receber a orientação política do deputado Balduíno de Carvalho, a nível local, tornando-se a nível estadual correligionário dos ex-senadores Argemiro de Figueiredo, João Agripino e Ruy Carneiro. Como prefeito, implantou a rede de alta tensão para o recebimento da energia de Paulo Afonso, calçou várias ruas e preocupou-se com o desenvolvimento da atividade educacional, por considerar importante o aprendizado escolar para alargar as oportunidades de sucesso do cidadão. Gostava de música, tanto que criou uma banda patrocinada pelo município e fazia questão de fazê-la desfilar semanalmente pelas principais ruas da cidade, e sempre ficava por perto vendo a banda passar.
Francisco Clementino de Carvalho
Mal havia saído da Universidade, o médico Francisco Clementino de Carvalho foi convocado para disputar a Prefeitura Municipal de Itaporanga, enfrentando a candidatura de João Franco da Costa, com o apoio do esquema político do deputado Balduíno de Carvalho, seu parente e amigo. Tendo o comerciante e agricultor Francisco das Chagas Soares como companheiro de chapa, Dr. Paizinho, como era mais conhecido, mesmo tendo conseguido um curso de pós-graduação no Rio de Janeiro, decidiu-se pela campanha, e terminou vencendo o pleito com uma diferença superior a 150 votos, graças a surpreendente votação que obteve no distrito de Pedra Branca.
Filho de Claro Clementino de Carvalho e Maria Alves de Carvalho, Dr. Paizinho nasceu no dia 22 de junho de 1927, na cidade de Itaporanga. Cursou o primário no Grupo Escolar “Simeão Leal” e na escola primária de Doralice Pedrosa, a primeira itaporanguense a conseguir uma graduação como professora. Fez o secundário em Patos e João Pessoa. Foi aluno do Liceu Paraibano e morou na Casa do Estudante. Terminou o curso de medicina em 1958, e, quando foi a Itaporanga visitar a família, terminou candidato e só voltou a morar em João Pessoa em 1964, já casado com Maria Nelly Cavalcanti de Carvalho, depois que passou o cargo a Sinval Mendonça Pinto, prefeito eleito em 1963.
A administração de Francisco Clementino de Carvalho foi marcada pela execução de obras de grande porte e de máxima importância para o povo de Itaporanga, como a eletrificação da cidade com energia de Paulo Afonso, via Coremas, a construção de abastecimento d’água e esgoto, pavimentação das principais ruas do centro da cidade, como parte da Getulio Vargas, praças do Centenário e Frei Martinho e da Rua Santa Terezinha, entre outras, além da recuperação parcial do mercado público, a edificação de urna grande escola em Pedra Branca e de uma estrada vicinal ligando São José do Caiana a Itaporanga, facilitando enormemente a ligação entre as duas comunidades.
Na Prefeitura, segundo ele mesmo conta, teve que enfrentar uma severa oposição que tentava obstácular todos os seus passos, já que não dispunha de maioria absoluta na Câmara, cujos vereadores, em número de sete, obedeciam cegamente à orientação de João Franco. Para que a energia elétrica chegasse a Itaporanga, por exemplo, Dr. Paizinho teve que ir ao presidente João Goulart, em Brasília, que prontamente o encaminhou ao diretor-geral do DNOCS, que naquela oportunidade era empossado no cargo, no Rio de Janeiro, com ordem expressa de resolver o problema. Aquela autoridade, cumprindo a risca a determinação presidencial, esteve na cidade de Coremas inteirando-se do que estava ocorrendo e, constatada a interferência política dos adversários do Prefeito, determinou imediata execução da obra. Assim, noventa e seis dias depois Itaporanga ganhava o seu fator maior de desenvolvimento: energia em quantidade bastante e pelas vinte e quatro horas do dia, naquela oportunidade e para sempre.
Médico por vocação, Paizinho é funcionário da Previdência Social e nos últimos 40 anos tem se dedicado a prestar uma medicina gratuita, ajudando a todos que precisam do seu trabalho. Do seu casamento nasceram três filhos: Ana Claudia e Leonardo, médicos, e Francisco, biólogo.
Sinval Mendonça Pinto
Sinval Mendonça Pinto candidatou-se e venceu a campanha política derrotando o ex-deputado Praxedes da Silva Pitanga, com o apoio do deputado Balduino Minervino de Carvalho, sendo o seu vice o comerciante Paulo Costa. O seu mandato durou seis anos, já que foi prorrogado por mais um, estendendo-se de 1964 a 1969. As suas principais realizações foram à construção de mais de 30 mil metros quadrados de calçamento, aquisição de um trator e carroções para o transporte do lixo, manutenção do sistema de abastecimento d’água que era administrado pelo município, manutenção do serviço de energia elétrica, também sob responsabilidade da prefeitura, doação de terreno a Cehap, no Alto do Santo Antônio, para a construção de casas para os mais carentes, doação de uma ambulância ao Lions Clube de Itaporanga, doação de terreno ao Dnocs, além da manutenção de um eficiente serviço de assistência aos mais pobres.
Na sua época a Câmara Municipal de Itaporanga tinha a seguinte composição: Ademar Soares, Djaci Sinfrônio da Silva, Edval Figueiredo, Francisco Assis Firmino, Felinto Saturnino da Silva, José Zú Figueiredo, José Manoel de Souza, João Inácio de Araújo Neves e Valdomiro Araújo Lima. Sinval Mendonça tinha três auxiliares diretamente ligados ao seu gabinete: Áurea Gomes Nunes - tesoureira, José Augusto de Carvalho - secretário-geral, e Antônio Pereira Alves - secretário das Finanças.
Sinval Mendonça chegou a Itaporanga na década de 50. Era natural de Bananeiras, no Brejo paraibano, onde nasceu no dia 03 de dezembro de 1924 e foi para a nossa cidade trabalhar na Sanbra. Ali casou-se com Maria Valdenir Pinto Mendonça com quem teve os seguintes filhos: Maria do Carmo, Onildo e Homero. Sinval adotou Itaporanga como a sua terra e dela nunca mais afastou-se. Exerceu inúmeros outros cargos de relevância no município. Faleceu aos 73 anos de idade, no dia 27 de agosto de 1998.
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