O corpo de Zú Silvino está sepultado no Cemitério “Mãe de Misericórdia” na cidade que o viu nascer. Ele era casado com Ana Gomes Silvino, de cujo enlace nasceram: Maria Bernadete, Maria da Paz e Maria Natividade Gomes Silvino.
Não são apenas os detentores do poder que promovem o desenvolvimento de uma comunidade, o bem estar de um povo. Muitas pessoas agindo nos bastidores têm oferecido contribuições valiosas ao progresso de Itaporanga, desde que a cidade se chamava Misericórdia, ainda no início do século. Nesta época, exatamente no dia 24 de junho de 1903, nascia na Várzea do Saco, um desses homens. Seu nome: José Silvino da Fonseca, filho de Silvino Soares dos Santos e Ana Silvino da Fonseca. Zú Silvino, como se tornou conhecido, foi um homem inteiramente, voltado para a vida comunitária, presente em todos os acontecimentos da cidade, seja no campo político, na administração, nos meios jurídicos, sociais, ou como uma pessoa de vasto conhecimento, como autodidata em que se transformou ao longo de anos de muita leitura. O curso primário Zú Silvino fez na Escola do professor Francelino de Alencar Neves, que foi a base de todo o seu conhecimento. Na juventude trabalhou no campo, ajudando a família em suas atividades agrícolas e pecuárias, e com pouco mais de 20 anos foi Agente de Estatística em Itaporanga e Secretário na administração de Brunet Ramalho. Foi ainda comerciante de tecidos até que se tomou Tabelião Público e Escrivão do Primeiro Oficio da Comarca de Itaporanga até quando se aposentou com dezenas de anos de serviços prestados à justiça de sua terra.
José Silvino da Fonseca foi uma cativante personalidade que se caracterizava pela honradez e firmeza de caráter. Além desses atributos era dotado de uma inteligência brilhante. Gostava de escrever versos, especialmente em forma de glosa, chegando a publicar um livro de poesias, que agradou à todos. Na época de estudante editava um jomalzinho que era distribuído com os colegas. Pela sua inteligência e pelo seu contato permanente, com juízes, promotores e advogados, Zú Silvino, enquanto viveu em Itaporanga tomou-se uma espécie de consultor jurídico da cidade.
Dotado de um espírito sensível, tratava com atenção e carinho as pessoas que o procuravam a qualquer hora na busca de soluções para inúmeros problemas. E pelo muito que fez Zú Silvino, que faleceu no dia 19 de maio de 1990 em João Pessoa, deixou um exemplo de dignidade que precisa ser conhecido pela juventude e demais pessoas que ele convivera e pelas gerações futuras, como representante de uma época da maior importância para Itaporanga,
Revista "Itaporanga, 144 anos de história"
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