quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PORQUE HOJE SOU O QUE SOU


José Ventura Filho
(Ao dia dos avós – 26 de julho)

Hoje sou o que sou, porque tive avó e avô. Tornei-me adulto... Aprendi a seguir, de forma diferente, os mesmos passos deles, mas sempre com a essência dos seus ensinamentos, exalando serenidade, compreensão, cuidado, abnegação, respeito, carinho e amor para com os meus filhos, os mais próximos e até os desconhecidos, merecedores, também, da minha proteção e atenção...

Quantos filhos, netos, bisnetos e outros gostariam de ter o sossego daqueles corações repousados das emoções tidas anteriormente, agora revertidas em experiências de vida; das mãos enrugadas que em suas lidas amassaram “o pão de cada dia com dignidade e intensidade com o fito de nos dar o apoio e a tranqüilidade; dos olhos amenos, cheios de profunda admiração, revelando o brilho da mais calma expressão humana; do seu corpo frágil, mas perfeitamente afeito ao seu estágio atual, regrado pelo curso natural das suas próprias dificuldades; da voz trêmula, cuja sonoridade só traz sopro de paz e felicidade...

Esse elo, avós – neto, só traz benefícios, porque, devido às dificuldades enfrentadas pelos pais, alguns separados e/ou distantes, muitas vezes sem tempo, em oferecerem os cuidados necessários para a criação e formação do(s) filho(s), delegam aos avós essa importante missão que, espontaneamente e em nova oportunidade, repõem aos netos todas suas alegrias, sabedorias, conselhos e experiências que, para alguns, não conseguiram compartilhar com seus filhos. É o canal do amor à Deus....

Sob o aspecto religioso e histórico, Joaquim e Ana foram os escolhidos e preparados pelo amor do Espírito Santo para serem os pais da Virgem Maria, dando-lhes essa importante missão que foi de se tornarem avós de Jesus Cristo, Nosso Senhor Salvador.

Digo àqueles que ainda têm os seus avós: aproveitem das suas companhias, conversando com eles, compreendendo-os, abraçando-os, beijando-os e amando-os efusivamente, sem perderem esses momentos únicos, porque o tempo constrói e destrói as lindas passagens na vida, que nunca mais voltarão, só as memórias dirão.

João Pessoa, 27 de maio de 2011 – 10h:50min.
José Ventura filho
Poeta/Cronista
Jventurafilho@bol.com.br

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