quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Prefeitura de Itaporanga cria órgão de trânsito e pode dar prejuízo aos cofres municipais

Sitrans deverá entrar em funcionamento este ano


Este ano, um novo órgão da administração municipal deverá iniciar o seu funcionamento: é o Sitrans (Superintendência Itaporanguense de Transporte e Trânsito), que vai gerir o setor no município: organização, fiscalização e multa.

Com o órgão, serão criados 19 novos empregos públicos, dez dos quais sem concurso, ou seja, por indicação política, o que é uma irregularidade.

Mas um problema ainda maior poderá ser causado por essa nova instituição municipal, conforme o vereador José Valeriano, em contato com a reportagem da Folha. Ele acredita que o Sitrans não terá arrecadação própria suficiente para cobrir suas despesas com pessoal e gestão, necessitando do amparo dos cofres municipais, que, conforme o parlamentar mirim, poderão ter que reduzir seus investimentos na população para cobrir prejuízos de um órgão desnecessário.

Valeriano baseia-se em um estudo da Confederação Nacional dos Municípios, segundo o qual a municipalização do trânsito só é viável nos municípios com mais de 50 mil habitantes, e Itaporanga não tem nem metade desse contingente populacional.

José Valeriano foi um dos três vereadores que votaram contra o projeto de lei da Prefeitura. Os outros dois foram Herculano Pereira e Francisco Saulo. Votos vencidos, já que o projeto terminou aprovado, por 4 a 3, na sessão desse sábado, 26, pela Câmara Municipal.

Uma outra preocupação geral, inclusive das entidades do comércio e da sociedade civil, é que, na busca por arrecadação financeira, esse órgão seja transformado em uma indústria de multa ou um instrumento político, perseguindo motoristas contrários ao regime vigente e beneficiando aliados.

Embora o Código Nacional de Trânsito determine a municipalização do setor, o município não é obrigado a assumir essa responsabilidade, principalmente se há risco de prejuízo aos cofres públicos municipais, conforme Valeriano.

A Sitrans é o primeiro órgão municipal de trânsito criado no Vale e quem o defende argumenta que este é o único caminho capaz de resolver a problemática do trânsito de Itaporanga (foto), que tem o maior fluxo e a maior frota regionais, mas faltam sinalização e estacionamento, além de outras carências.

Publicado no Folha do Vale em 27-03-2011

A Sitrans em Itaporanga é como peito de homem, existe mais não funciona. Criada a quase quatro anos, só tem servido como cabine de emprego, é o caso do último supereitendente que ocupou a pasta até o final do ano, levou dos cofres públicos mais de R$80.000,00 e nada f~ez pelo nosso transito, que é um verdadeiro caos.

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