Por ter me solidarizado a Maria Mangueira e Eva Lúcia Guimarães em um programa no Rádio, a professora Babá soltou os cachorros contra mim. Minha resposta foi a seguinte:
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Província de Parahyba, decorridos 26 dias do mês de março do ano da graça de 1996. Por ordem de EI Rei, José Targino - O Maranhão, ficam criados no âmbito da Secretaria de Educação e Cultura, os CEPES - Capitanias Ereditárias de Políticos Espertos e Sádicos.
Ora, pois, pois; foi exatamente nisto que transformaram, pelo menos em Itaporanga, o decreto de número 18.181, sancionado pelo então governador Zé Maranhão, no dia 26 de março de 1996 e publicado no Diário Oficial do Estado no dia 27 do mesmo mês e ano, que criou os Centros Paraibanos de Educação Solidária. Bonito nome e belíssima idéia, não tivesse um cunho estritamente politiqueiro; ao menos no papel, o projeto daria continuidade ao “Pacto da Solidariedade por uma Educação de qualidade” e seus objetivos gerais seriam: - cooperar para a melhoria da qualidade do ensino, - concorrer para a valorização do magistério.
Pelo projeto, divulgado em uma cartilha específica, a estrutura administrativo-pedagógica seria composta por:
- um coordenador geral administrativo;
- um coordenador geral pedagógico;
- um conjunto de diretores, vice-diretores e supervisares pedagógicos;
- um secretário.
E que, a nomeação dos coordenadores, diretores, vicediretores e supervisores edagógicos e cada Centro seria feita pelo Governador do Estado, mediante indicação do titular da SEC. (pág.25).
Já no decreto 18.1810 art. 8° (pág. 40) especifica que: - Para cada CEPES o Secretário da Educação e Cultura designará servidores do Grupo Operacional do Magistério para as funções de coordenador administrativo, coordenador pedagógico e secretário, e mais adiante no art. 11 - Os Diretores e Vice-Diretores das escolas integradas aos CEPES serão nomeadas pelo Governo do Estado.
Pelo mesmo projeto (págs. 33 e 34), dos perfis funcionais desejados, merecem destaque:
Coordenadores. Diretores e Vice-Diretores:
sociabilidade - dinamismo e liderança;
Professores:
- sociabilidade liderança, domínio do idioma nacional e comunicação oral íntegra.
Então amigas e amigos leitores raciocinem comigo: Pelo exposto acima, os nossos “Educadores” deixam muito a desejar, como poderiam eles dar aos vossos filhos uma boa educação, se muitos deles não a tem nem para uso próprio? No que diz respeito ao domínio do idioma nacional e a comunicação oral íntegra, que nota daria vós a professores que falam em “pobremas” e escrevem “seresta” com “c”? Até onde chegará o grau de ignorância e analfabetismo de alguns dos nossos docentes? E o pior. Nós pagamos e caro, pelo ensino de péssima qualidade “ofertado” por órgãos estaduais e municipais.
Quanto aos donatários que estão nos cargos de direção e teimam, relutam, usam de artifícios para permanecerem nas suas funções a qualquer custo, o que dizer deles? Será que desconhecem por completo as regras que regem os CEPES? Se afirmativo, não são leigos, são totalmente ignorantes! Ou será que são profundos conhecedores de todas as regras e mesmo assim querem burlá-las? Aí sim, seria completa imbecilidade e desonestidade! Por falar isto, me fez lembrar os tempos de científico no Colégio Padre Diniz, quando “Júlio Doido”, hoje Dr. Júlio Minervino de Carvalho, vivia a repetir: “Se for por ignorância, perdoar-ti-ei; porém por imbecilidade, dar-te-ei uma bengalada na cabeça, que rolarás pelo solo bruto, que os néscios chama de terra”.
Aos diretores que são desconhecedores ou estão alheios ao assunto, sugiro que leiam a cartilha onde tem o projeto, o decreto e o regulamento do CEPES ou ao menos procurem se inteirar das notícias da imprensa paraibana, pois a pouco tempo, em notícia veiculada nos principais jornais do estado, o governador menino, disse que as eleições nas escolas que tem CEPES são nulas de direito ou serão por decreto. E tenham paciência, a partir de janeiro vocês terão que “rezar por outra cartilha”...
Para finalizar, faço minha, as palavras de um grande humorista global: “A ingnorância é quem astravanca o progressio”.
A Quem Interessar Possa
Leigo - [Do lat. laicu, por via popular.] - Fig. Que é estranho ou alheio a um assunto; desconhecedor – “Leigos duma enfronhada ignorância são investidos de encargos cujos atritos nem os especialistas, os professos na ciência vingam sempre desbastar.”
(Camilo Castelo Branco, Serões de São Miguel de Ceide, 11, p. 55).
Educar - [Do lat. educare.] - Transmitir conhecimentos a; instruir:
“Bons professores educam as crianças.”
Professor - [Do lat. professore.] S. m.
Aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina; Mestre: Fig. Homem perito ou adestrado. Aquele que professa publicamente as verdades religiosas.
Mestre - [Do esp. maestre ou do fr. ant. maiestre, pelo arco meestre.] S. m. Homem que ensina; professor. Aquele que é perito ou versado numa ciência ou arte: Homem superior e de muito saber:
Aquilo que serve de ensino ou lição; Chefe de operários; mestre-de-obras, Diretor espiritual; mentor, confessor. O que tem o terceiro grau na maçonaria.
“Mestre é aquele que sempre busca aprender mais.”
Francis Bacon)
Em um dos melhores quadros herdados do “Radio Vivo”, o grande comentarista Sílvio Pedrosa, no “Correio Debate” anunciou que Cássio iria matar todos os paraibanos, disse ele: “Lula vai lançar o programa Fome Zero e aqui na Paraíba, Cássio vai lançar o programa Alga (leia-se água) Zero - Todos morreriam de sede.
Esta semana ele soltou mais uma das sua pérolas: “Onte o dólar não subiu, onte, onte subiu mais foi pouco e onte, onte, onte, também não subiu”. Meu caro Pedrosa, teria sido melhor usar um termo costumeiro dos nossos ancestrais que residiam em distantes rincões rurais (os matutos do pé da serra, animais em total extinção hoje em dia) eles diriam simplesmente: “Ternontonte”
NATAL FELIZ!
Solidariedade. Uma simples palavra e um grande gesto que tem o poder de mudar situações adversas e criar novas esperanças, mostrando-nos que ainda existem “homens de boa vontade.”
Amplamente divulgadas por todos os meios de comunicações, as campanhas “Natal sem Fome” mostram resultados altamente positivos e por vezes até superando as expectativas. Pena que só exista Natal em dezembro, seria ideal se tivéssemos ao menos um por mês.
Um belo exemplo desta solidariedade foi o natal promovido pela Associação Comunitária da Vila Mocó, um dos bairros mais carentes de nossa cidade. Contando apenas com a ajuda da própria comunidade e a boa vontade de algumas pessoas, a “Vila” teve no dia 24 de dezembro uma “Noite Feliz”. Mesmo com pouco dinheiro e um mínimo de esforço, dava gosto ver a alegria dos presentes, principalmente os pequenos.
Depois da exibição, em um telão, do “Nascimento de Jesus”, houve distribuição de pipoca e refrigerante para todas as crianças que paciente e educadamente assistiram a exibição do filme. Em seguida foi apresentado um número de dança, onde os artistas eram adolescentes da própria comunidade. Cadinho, embora solitário, pois os outros músicos desistiram de se apresentar, tocou “Noite Feliz” e como agradou a todos, o trompetista ainda brindou aos presentes com “Parabéns pra Você”.
A coroação do evento foi um grande jantar com mesa farta para todos. Não teve peru nem vinho importado, mas saciaram com arroz, macarrão, galinha, guiné, churrasco e buchada de bode, que apesar de não serem comidas tradicionais para a ocasião, são bem típica da região.
Parabéns “Cureca”! Parabéns a todos os “Mocós” da Vila! Parabéns a todos que puderam dividir o pouco que tinham para que a felicidade fosse geral! E que 2003 traga além de esperanças, muitas confraternizações como está.
O “Aniversariante” do dia deve ter ficado deveras contente, pois vocês estavam a praticar os seus ensinamentos.
***
O que há de comum entre um bolo queimado, cerveja estourada no congelador e mulher grávida?
-NADA!!!!
Mas se você tivesse tirado antes, nada teria acontecido...
Do Livro Agnaro Pati
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