sábado, 27 de dezembro de 2014

Um dos nossos grandes construtores


Algumas das mais importantes edificações públicas de Itaporanga das últimas cinco décadas tiveram a mão de Armindo Inácio de Araújo. O velho boêmio, cujo coração fraquejava ao ouvir Menina de Trança, de Antônio Marcos, soube com maestria entrançar os ferros para o concreto não repetir os fraquejos do coração. Mas Armindo, armador e mestre-de-obra, não resistiu a um problema pulmonar que já o acompanhava a algum tempo e faleceu aos 76 anos no último dia primeiro de abril, momentos depois de sofrer uma crise respiratória e ser socorrido para o hospital.

A velhice e a solidão também pesaram demais nas costas do homem que passou dois terços da vida cercados por amigos e cerveja. Mas o apreço à farra nunca diminuiu sua competência com o trabalho.

Os seu conhecimentos profissionais, adquiridos quando da sua passagem por Recife e exercidos em Brasíla, também muito serviram a Itaporanga: foi um dos construtores das pontes sobre o Rio Piancó e riacho do inferno. Colaborou com a construção do Cristo Rei e fez o segundo andar do Colégio Diocesano. Obras como o Itaporanga Esporte Clube, o prédio da Cibrazem e a caixa d'água do Alto das Neves foram erguidos por Armindo.

Ele teve duas mulheres e deixou quatro filhos: Suely, Sueneide, Armindo Júnior e Cristiano, os dois últimos do segundo casamento. Seu primeiro matrimônio foi em Recife com a coremense Maria de Lourdes Pereira, de quem ficou viúvo na décad de 60.

Na sua passagem pelo Rio de Janeiro, casou-se pela segunda vez em 1974, mas com uma itaporanguense: Maria Salete de Araújo.

O itaporanguense Armindo Inácio de Araújo, filho de Manoel Inácio de Araújo e Petronila de Araújo Lima, que era tratada carinhosamente por Mâezinha, nasceu no dia 12 de agosto de 1933 no antigo sítio Retiro, onde hoje funciona uma área de festa.

O gosto pelo entreterimento fez Armindo transformar o local do seu nascimento em churrascaria. Em seu sepultamento, ocorrido na Sexta-feira Santa, música ao vivo e dezena de amigos e familiares.

Armindo vem de uma família de 15 irmãos, mas apenas três ainda estão vivos: Brígida, Agildo e Joaquim.

Um dos irmãos mais conhecidos de Armindo foi Valter Inácio, o criador da Sorvedrink e do Nove de Janeiro, e também ja falecido.

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