O maior bem cultural que Itaporanga viu nascer no final do século passado, tornando-se a fonte motora das transformações sociais que a cidade sofreu ao longo de muitos anos, teve em Luiz Leite Guimarães o seu principal inspirador, incentivador e construtor. O bem em apreço é o Colégio “Padre Diniz” que ele e outros abnegados fundaram, edificaram e entregaram a juventude da cidade, sendo o colégio em discussão o responsável pela formação cultural e profissional de centenas de jovens que se tomaram professores e que com os conhecidos lá adquiridos ensinaram as primeiras, as segundas e as terceiras letras a muitos itaporanguenses e a pessoas de outras terras, hoje doutores formados, servindo e prontificando em muitas atividades profissionais, e em muitos pontos deste imenso Brasil.
Luiz Leite Guimarães nasceu em Misericórdia no dia 08 de maio de 1895, era filho de Abdon Leite da Costa Guimarães, mas foi criado e registrado como filho de seu avô Pedro da Costa Guimarães. Não quis seguir o caminho das letras trilhadas pelo pai; não frequentou bancos de escolas, preferindo dedicar-se a outras atividades mais afeitas a sua personalidade. Mesmo assim, tinha consciência da importância do estudo, da escola, do saber para o progresso profissional das pessoas e, no somatório, para o desenvolvimento da própria comunidade em que vivem. A sua crença em tais valores era tão forte que, um dia, juntou-se ao médico Balduíno de Crvalho, aos comerciantes José Sitônio e Caçula Pinto, os agricultores João Silvino e Manuel Inácio, e tantos outros da terra, e fundaram o Colégio “Padre Diniz”. Lançaram a pedra fundamental, levantaram as paredes, revestiram o prédio, deram-lhe aparência dda moderna aqrquitetura e, finalmente, com a obra física concluída, partiram para evoluir e promover o desenvolvimento de Itaporanga.
Católico fervoroso, Luiz Leite Guimarães teve participação efetiva nas obras de construção da Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, como ajudante do mestre Sebastião Muniz, encarregado de executar o projeto arquitetônico trazido pelo Frei Martinho, que o importou da Alemanha, pôr onde passou na segunda década do século passado.
Ainda jovem, Luiz Leite casou-se com uma jovem chamada Olímpia, mulher simpática e caridosa, de cujo enlace nasceram sete filhos, que também seguiram a linha e a conduta do pai, sendo respeitados e aplaudidos pôr toda a sua vida a servir ao próximo, distribuindo o seu tempo entre o seu estabelecimento comercial, a igreja e a casa no Alto da Neves, propriedade que possuía nos arredores da cidade e que hoje se transformou num dos mais prósperos bairros de Itaporanga. Quando morreu era casado com uma também viúva de nome Antônia, ou melhor, Dona Toinha.
Revista "Itaporanga, 144 anos história"
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