Itaporanga também se destaca no cenário estadual e nacional pela importância de seus grandes eventos, como o São Pedro de Rua, 9 de Janeiro (aniversário da cidade), Carnaval de Rua, Poeirão (maior torneio de futebol amador do mundo), Festa de Nossa Senhora da Conceição (Padroeira da cidade), Natal, Ano Novo, entre outros. Pela espontaneidade e alegria de viver é que Itaporanga vem sendo reconhecida pela grandiosidade e animação de suas festas, sejam àquelas movidas por cada um individualmente, sejam nas ruas ou nos seus vários clubes sociais.
E como o profano está sempre presente casado com o religioso, a grande festa da cidade é o São Pedro, realizado sempre no final do mês de junho. Neste período a cidade se transforma num grande arraial e os seus filhos dos mais ilustres aos mais humildes, residentes na cidade e/ou em outros pontos do País, reúnem-se numa grande festa de reencontro e todos desfrutando os mesmos espaços, procurando transmitir felicidade, união e prosperidade, próprio de quem está de bem com a vida.
Na verdade, Itaporanga é uma grande festa de janeiro a janeiro. Mal terminam os festejos de dezembro, com a festa de Nossa Senhora Conceição, o Natal e o Ano Novo, a cidade prepara-se para receber autoridades, turistas e pessoas especialmente convidadas para as comemorações pela passagem do seu aniversário de emancipação política, que ocorre no dia 09 de janeiro, quando acontecem as inaugurações de obras e show comemorativo no centro da cidade. O carnaval é outro acontecimento bastante festejado, com desfiles de blocos e apresentação de bandas em plena praça pública, mas é o São Pedro a festa convergente e mais prestigiada no município.
Em outras ocasiões a cidade vivia em função de seus clubes sociais, como o Campestre Clube, o BNB-Clube, a Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar, e, atualmente, o Atlântida Esporte Clube. o Itaporanga Esporte Clube e a Vale Show. Em 1957, a cidade viu surgir a fundação do Clube Independente ou o Clube dos Negros que teve como presidente-fundador o Sr. Assis Firmino e no ano de 1959 assumiu como presidente Agápio Sertão, que ficou até o ano de 1962. Agápio Sertão juntamente com Luiz Benedito, Olavo Oliveira e Zé Pereira, no ano de 1956, formam um grupo de boêmios que já desfilavam pelas ruas de Itaporanga num autêntico mércule, o carro da época.
No passado grandes nomes se destacavam no meio musical, entre eles: Dedé do Cantinho, Zé Badu, Zezéu de Felinto, Vando de Dedé, Nilton Mendes, Pedro Moco, Paulo de Tarso, Maria José, Makários, Biu de Dedé, João Filho, Luiz de Abdon, Chico Lopes, Bebé de Natércio, Anchieta Ribeiro, entre tantos outros talentos. O Campestre Esporte Clube, nos anos 60, iniciou o seu tradicional São Pedro com o surgimento da famosa Banda “Os Natos”, que fez sucesso por todo interior do Nordeste. Formada de jovens da nossa sociedade, como: Odílio Soares, José Olegário Filho, Belmiro Pinto Brandão Neto, Antônio de Isidro, Fernando Pinto, Nilton Mendes, José Dorlando e Hélio Pinto. Tinha também o grupo “Edmilson e sua Gente”, composto por: Jocélio, Pedro Moco, Danúbio, Edmilsinho, Tico Olegário e Edmilson Pinto; E o grupo de Heleno Feitosa Costa, com:Centinho, Costa, Biu de Dedé, Aprisanú, Tico e Pedro.
No ano de 1976, surgiu em Itaporanga, no carnaval, um bloco que se destacou com a beleza de nossas jovens, como: Sônia Figueiredo, Aglaê Lemos, Sineide Gomes de Lacerda, Isa Figueiredo e Maria Alice Crizanto. Mas uma das que mais na sociedade itaporanguense foi à ex-primeira-dama Mariza Procópio Rodrigues. Tanto é assim que na década de 70 a cidade se destacava na Paraíba com a beleza de suas jovens. Em 1978 acontece a primeira Festa das Personalidades organizada pelo Jornal O Norte, que tinha como representante na cidade o jornalista Antônio Bandeira de Figueiredo, com animação sempre da Banda “Os Natos”. O Norte promovia também o Concurso “Miss Vale do Piancó”.
Nos dias atuais o nome de Itaporanga é festejado e premiado no mundo afora através dos nomes de Radegundis Feitosa e do premiado grupo Clã Brasil. Aos 13 anos, Radegundis vivia a brincar, cercado de amigos, com um velho e surrado trombone” do pai, Heleno Feitosa Costa, que passava a maior parte do tempo pendurando na parede da casa, em Itaporanga. Ele Já ganhou cinco prêmios em concursos nacionais e internacionais, realizados na Bahia, no Rio de Janeiro e Paraíba, e o mais importante, o East & West Artists para debut no Canegie Recital Hall em New York, U.S.A., que ocorreu no ano de 1987, e que o credenciou a fazer o debut no Carnegie Recital Hall daquela metrópole. Antes de optar pela música, em João Pessoa, o trombonista, primeiro, consultou o pai se podia fazer o curso de Música da UFPB, “e o velho respondeu: Faça, mas faça bem feito. E aí meti a cara”, relata Radegundis.
Desde pequeno, Randegundis Nunes ouvia o pai tocar marchinhas de carnaval. As mais executadas eram Vassourinha e Jardineira, na década de 70, na Orquestra Unidos do Vale, comandada pelo maestro Edmilson Pinto. O músico chegou a João Pessoa, em 1980, com a mala e o trombone de vara nas mãos. Esse instrumento que me acompanhou até João Pessoa meu pai já o tinha comprado em São Paulo, por volta de 1977. É da marca Weril”, afirma o músico. No ano de 1983 Randegundis Nunes já era professor de Música da UFPB. De lá para cá, ele já lançou 20 CDs, muitos dos quais teve participação direta, e em outros participou de forma especial. Sobre o perfil do trombone, Randegundi Nunes dá a seguinte definição: “O trombone tem muita proximidade com a voz humana, e os bons instrurnentistas se tornam bons solistas”.
Fonte: Revista "Itaporanga, 144 anos de história"
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